
Dólar fecha a R$ 5,17.
Após passar o dia inteiro no terreno negativo, diante do mal humor global com os investidores ainda analisando as críticas do presidente Lula (PT) a autonomia do Banco Central.
O principal índice da Bolsa brasileira encerrou em alta de 0,18%, aos 108.722 pontos e R$ 16,80 bilhões em volume negociado, segundo dados da plataforma TradeMap.
O desempenho faz o Ibovespa acumular queda de 4,57% no mês, enquanto em 2023 a baixa é de 0,92%.
As influências externas e internas no mercado financeiro
O grupo de baixa teve grande participação dos frigoríficos, após dados negativos da Tyson Foods nos Estados Unidos. No grupo, BRF caiu 7,25%, enquanto Marfrig perdeu 6,75% e a JBS caiu 3,19%.
No quatro trimestre, a Tyson atingiu US$ 13,26 bilhões em vendas, uma alta de 2,55% frente ao mesmo período de 2021, mas abaixo das expectativas de US$ 13,15 bilhões do mercado.
O barril de petróleo se firmou no campo positivo, dando força para as empresas brasileiras do setor, que possuem grande força na Bolsa.
O barril do tipo Brent, usado como referência na maior parte do mundo, teve alta de 1,75%, a US$ 81,34, segundo dados da ICE. Na semana passada, o barril fechou em queda de 7,5%.
A retomada reflete a expectativa positiva dos investidores da reabertura da China após anos de política de zero Covid, o que deve aumentar o consumo e circulação de pessoas na segunda maior economia do país.
A expectativa positiva fez os papéis preferenciais da Petrobras subirem 3,99% e os ordinários fecharem em alta de 3,63%. Já a Prio (PRIO3) registrou valorização de 2,56%.
Os principais mercados globais fecharam no campo negativo à espera das falas do presidente do Fed (banco central americano), Jerome Powell, nesta terça-feira (7).
Em Wall Street, o Dow Jones caiu 0,10%, enquanto o S&P 500 teve baixa de 0,61% e a Nasdaq perdeu 1%. No Velho Continente, o Euro Stoxx 50 apontou 1,23% para baixo.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (6) vendido a R$ 5,174, com alta de R$ 0,026 (+0,51%). A cotação operou em alta durante toda a sessão e chegou a R$ 5,21 na máxima do dia, por volta das 14h40. Nas horas finais de negociação, desacelerou, mas manteve a alta.
A moeda norte-americana está no maior nível desde 23 de janeiro, quando estava a R$ 5,20. Apesar da alta de hoje, a divisa acumula queda de 2,01% em 2023.
No mercado internacional, o dólar subiu perante as principais moedas do planeta por causa da conjuntura econômica nos Estados Unidos. A divulgação de que a economia norte-americana criou 517 mil empregos fora do setor agrícola em janeiro foi mal recebida pelos investidores internacionais.