Estaria o país preparado para uma nova era? – Por James Brooke, New York Times.
Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança (Mandelieu-la-Napoule, 2 de fevereiro de 1941), príncipe de Orléans e Bragança, seria o atual príncipe imperial do Brasil pelo Ramo de Vassouras desde 5 de julho de 1981, quando seu irmão mais velho, (in memoria – Luís Gastão), que não tem filhos, assumiu o posto de Chefe da Casa Imperial Brasileira, herdado do pai.
É o terceiro filho varão de Pedro Henrique de Orléans e Bragança, então Chefe da Casa Imperial Brasileira, e de Maria Isabel da Baviera, nascida princesa do Reino da Baviera. É solteiro e não tem filhos.
Dom Bertrand nasceu em 1941 no sul da França, onde o exílio da família imperial brasileira e a Segunda Guerra Mundial retivera seus pais, sendo o terceiro filho do casal e tendo como irmãos mais velhos o atual chefe da casa imperial Luís Gastão e Eudes, que renunciou ao trono para realizar um casamento morganático.
Veio para o Brasil logo após o término do conflito. Realizou seus estudos secundários em parte no estado do Paraná, onde seu pai se instalara como fazendeiro, em parte no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, no Rio de Janeiro. Cursou depois a Faculdade de Direitoda USP, formando-se como advogado em 1964.
Desde muito jovem recebeu formação católica, sendo orientado por seu pai para o gosto pelo estudo doutrinário e pela análise dos acontecimentos nacionais e internacionais. Participou com entusiasmo, nos bancos acadêmicos, das pugnas ideológicas que marcaram o Brasil na primeira metade dos anos sessenta. Foi sua formação completada com freqüentes viagens à Europa, uma das quais deu-se durante toda a primeira Sessão do Concílio Vaticano II, quando o jovem príncipe tomou estreito contato com a intelectualidade católica acorrida a Roma para o magno evento. Piloto civil, é um reservista da FAB.
Além do português, sua língua natal, D. Bertrand é fluente no francês e no espanhol.
Bertrand faz parte da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), de inspiração católica tradicionalista, fundada e dirigida pelo líder intelectual Plinio Corrêa de Oliveira até a morte do mesmo. Ali faz a difusão dos ideais católicos e monárquicos, vistos por ele como facetas distintas e harmônicas de um mesmo ideal. Seu irmão mais velho, Luís Gastão, também faz parte da organização. Após a cisão ocorrida na entidade, o príncipe e seu irmão passaram a colaborar com os membros ligados ao Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) e a Associação dos Fundadores
É figura expressiva no cenário do Movimento Monárquico Brasileiro, tanto na época anterior ao plebiscito de 21 de abril de 1993, quanto nos dias que o sucedem. Tem sabido, de maneira respeitosa para com seu irmão mais velho, Chefe da Casa Imperial, liderar as campanhas em prol da restauração da monarquia no Brasil. Em 1990, realizou uma turnê pela Europa, objetivando ilustrar aos católicos e monarquistas do continente as causas e as metas do plebiscito de 1993, por meio de conferências nos mais variados círculos da nobreza. Visitando a França, Portugal, a Espanha, a Itália e a Áustria, Bertrand esclareceu muitos quanto à causa monárquica brasileira e visitou alguns de seus parentes.
Bertrand se posiciona, politicamente, no campo da propriedade privada, livre iniciativa e respeito ao princípio de subsidiariedade, o qual limita o Estado ao âmbito que lhe considera tocar por sua natureza. Fundamentando-se em que os problemas sociais são reflexo dos de ordem moral, é um defensor da instituição familiar e opõe-se ao aborto, sustentando-se na Doutrina Social da Igreja. Quanto à soberania nacional, Bertrand alerta sobre os perigos contra os direitos nacionais sobre a Amazônia. Pela mesma razão julga imperioso prestigiar o militar e o policial no que considera campanhas de descrédito que visam as Forças Armadas.
Integra o movimento Paz no Campo ao lado de pessoas como o jornalista Nelson Ramos Barretto. Atua viajando pelo Brasil dando palestras para latifundiários e empregadores rurais. Em 2012, publicou o livro Psicose Ambientalista, onde critica movimentos como o MST e grupos que intitula “ecoterroristas e ambientalistas radicais”.
Solteiro, tem como herdeiro imediato o seu irmão Antônio João de Orléans e Bragança. Além de príncipe imperial do Brasil conforme a constituição brasileira de 1824, é o comendador-mor da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e grão dignitário-mor da Imperial Ordem da Rosa, além de grã-cruz de todas as outras ordens brasileiras e Bailio Grã-Cruz da Ordem Constantiniana de São Jorge, Ordem de Cavalaria católica, e da Grã-Cruz de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar de Malta.
Utiliza o brasão do Príncipe Imperial, com três flores-de-lís em referência à Casa de Orléans, encimado pelo lambel do herdeiro presuntivo.
S.A.I.R Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Homem justo, patriota e nacionalista, visionário, culto e inteligente, gentil, calmo e prudente, de alta formação, poliglota e respeitado por quem o conhece, conhecedor profundo dos sistemas sócio, econômico e cultural do Brasil.
Estaría o Brasil preparado para uma nova era?
Comando Militar do Sudeste, São Paulo, em cerimônia alusiva ao Dia do Soldado, homenageou o Príncipe Imperial do Brasil, S.A.I.R. Dom Bertrand de Orleans e Bragança com a medalha da Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador.

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