A Lei Internacional de Liberdade Religiosa de 1998 obriga o governo dos EUA a elaborar uma lista anual de países do mundo que cometem “graves violações da liberdade religiosa”, como tortura, detenção e desaparecimento forçado de pessoas por causa de suas crenças.
Washington, 2 de dezembro (EFE).- Os Estados Unidos incluíram nesta sexta-feira (02) Cuba e Nicarágua em sua lista negra de países que violam sistematicamente a liberdade religiosa, o que acarreta possíveis sanções contra essas nações.
Na lista de Países de Preocupação Especial, elaborada anualmente pelo Departamento de Estado, China, Arábia Saudita, Coreia do Norte, Rússia, Irã, Paquistão, Birmânia, Eritreia, Tadjiquistão e Turcomenistão repetem este ano.
A inclusão de Cuba e Nicarágua é mais um passo na deterioração das relações do governo de Joe Biden com o de Miguel Díaz-Canel, de Havana, e o de Daniel Ortega, de Manágua.
Em segundo plano de preocupação, os Estados Unidos colocaram Argélia, República Centro-Africana, Comores e Vietnã.
A lista de organizações que violam a liberdade religiosa inclui, entre outros, os grupos terroristas Al Shabab, Boko Haram e o Estado Islâmico (EI), assim como os talibãs, os Houthis iemenitas e os paramilitares russos do Grupo Wagner.
A Lei Internacional de Liberdade Religiosa de 1998 obriga o governo dos EUA a elaborar uma lista anual de países do mundo que cometem “graves violações da liberdade religiosa”, como tortura, detenção e desaparecimento forçado de pessoas por causa de suas crenças.
Os países incluídos na lista estão sujeitos a possíveis sanções, como cancelamento de intercâmbios científicos e culturais, suspensão de assistência ao desenvolvimento, bloqueio de empréstimos ou restrições à exportação.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu em comunicado que seu país “não ficará de braços cruzados” diante da perseguição religiosa.
Ele criticou que a repressão contra as pessoas por suas crenças “semeia divisão e mina a estabilidade política e econômica e a paz”.
“Continuaremos a monitorar cuidadosamente a liberdade religiosa em todo o mundo, defendendo aqueles que sofrem perseguição e discriminação”, disse o ministro das Relações Exteriores dos EUA.
Fonte: EFE/PanAm Post