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Saúde

Contato Pele a Pele para o Cuidado de Bebês Prematuros

Esse contato, iniciado imediatamente após o nascimento, tem se mostrado uma prática extremamente benéfica e eficaz, especialmente importante no caso de bebês prematuros.

Sua prática contribui para o início e manutenção da amamentação, favorece a estabilização de parâmetros vitais como frequência cardíaca e glicemia, e auxilia no estabelecimento de uma microbiota saudável – aspectos importantes tanto no processo de adaptação à vida extrauterina após o nascimento quanto a médio e longo prazos. Além disso, ajuda no seu relaxamento e sono profundo. Enquanto a estabilidade clínica permitir, o contato pele a pele em prematuros é essencial para uma experiência saudável e sensível.

É fundamental que as equipes de saúde conheçam as evidências disponíveis sobre os múltiplos benefícios que essa prática traz para o bebê e para as famílias, e que se comprometam e favoreçam as condições adequadas para que o cuidado pele a pele possa ser realizado da melhor forma possível.

Da mesma forma, é necessário continuar trabalhando com as famílias para acompanhá-las e orientá-las nos cuidados adequados aos bebês nascidos prematuramente.

– O contato pele a pele facilita a extração manual do colostro, primeiro leite produzido pela mãe e que dura em torno de três a cinco dias, primordial para proporcionar defesa contra infecções, favorecer a flora intestinal, permitir a progressão para maiores volumes de leite e proteger os bebês prematuros de doenças graves;

– As mães de crianças pequenas, doentes ou prematuras devem estar acompanhadas e amparadas para que possam amamentar o quanto antes. Os bancos de leite humano são outra alternativa a considerar nesses casos;

– O estímulo sensorial gerado pelo contato pele a pele em bebês prematuros é essencial para o cuidado carinhoso e sensível, fundamental para o seu desenvolvimento, está ligado às emoções e à memória, favorece a secreção de ocitocina e potencializa o apego;

– O contato pele a pele estabelece as bases para um melhor desenvolvimento. Favorece o início da amamentação, estabiliza parâmetros vitais (frequência cardíaca e nível de glicose no sangue), favorece uma flora intestinal saudável;

– O contato pele a pele do bebê prematuro internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, com sua mãe, favorece a produção de leite materno e a iniciativa do bebê para sucção, que é alcançada de forma mais eficiente e rápida;

– Com o contato pele a pele, modelo de cuidado centrado na família, a oferta de leite materno empodera as mães no cuidado com seu bebê prematuro. As primeiras horas e dias são cruciais para dar apoio e estabelecer a amamentação.

No mundo todo, aproximadamente 30 milhões de bebês nascem prematuramente a cada ano. Destes, 1,2 milhão nascem na região das Américas.

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.

Apesar do elevado número de nascimentos prematuros e dos riscos decorrentes, a maioria da população não está ciente de que muitas vezes é possível prevenir a prematuridade e suas consequências para a saúde do bebê.

Bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas, ou 9 meses.

Podem ser classificados em “prematuros extremos”: os que vieram ao mundo antes de 28 semanas e correm mais risco de vida do que os que nascem algum tempo depois, pois apresentam um estado de saúde muito frágil.

Prematuros considerados “intermediários”: os que nascem entre 28 e 34 semanas e constituem a maior parte dos prematuros.

E os chamados “prematuros tardios”, que nascem entre 34 até 37 semanas. Este é um grupo que aumentou bastante no Brasil nos últimos anos e que preocupa em termos de saúde pública.

Quanto mais prematuro for o bebê, mais imaturos serão os seus órgãos e maior será o risco de complicações, especialmente entre aqueles nascidos antes de 34 semanas de gestação.

A dificuldade de cuidado do prematuro está, não só na fragilidade dos órgãos, mas principalmente do cérebro. O baixo peso, considerado abaixo de 1500g também é um fator que preocupa muito, pois é um grande desafio conseguir fazer uma recuperação nutricional ao longo das primeiras semanas de vida desse bebê.

Porém, devido ao avanço da tecnologia e da assistência prestada nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, a sobrevida desses bebês tem aumentado muito nas últimas décadas.

O diagnóstico tardio da gravidez ou a identificação, também tardia, ou o tratamento inadequado de doenças que tragam prejuízos à saúde da mãe ou do feto, podem ser considerados como riscos para um nascimento antecipado.

O parto prematuro, dependendo do momento em que ocorre, pode ser uma situação de risco tanto para o bebê quanto para a gestante. As principais complicações na gestação que podem levar à prematuridade são:

– Infecções;
– Insuficiência istmocervical (abertura do colo do útero);
– Colo do útero curto;
– Partos prematuros anteriores;
– Rotura prematura da bolsa;
– Tabagismo;
– Miomas;
– Gravidez de múltiplos;
– Descolamento prematuro da placenta;
– Diabetes gestacional;
– Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez);
– Alterações clínicas na gestante ou no feto que necessitem de interrupção antes do tempo esperado.

A prevenção da prematuridade se inicia antes mesmo da gestação, com o planejamento familiar adequado, seguido do acompanhamento pré-natal, que busca assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, abordando, inclusive, aspectos psicossociais e atividades educativas e preventivas.

Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/

Joice Ferreira

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal Magazine. Protetora independente e voluntária na causa animal.

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