O Homem não vive sem Sonhos
Passei o fim de semana no melhor lugar do mundo, o Sonhar. – É, tenho uma tendência a ficar em casa e só sair para ir à praia, ou ao cinema. Sou Nerd/Escritora, e o tempo para nós é meio curto, um verdadeiro mistério quântico. As vezes infinito, outra vezes apenas uma ilusão de 24 horas. – E vamos combinar, nós fãs de Sandman esperamos um pouco mais de trinta anos para ver essa série nas telas. – É, coleguinha, é bastante tempo. Então não dava para esperar mais nenhum minuto.

Vi algumas críticas e reclamações, que sinceramente poderiam e vão ser ignoradas. Sandman é um presente dado a nós pelo próprio autor, gente vocês sabem o que é isso? – É um privilégio único. Já tentaram adaptar um dos meus livros e foi uma zona, alguns amaram outros odiaram. E era só um pilot… – Mas onde estávamos? Sandman, a Netflix acertou e tenho certeza que até o fim desse mês será uma das séries mais vistas na plataforma, seja por curiosidade, ou simplesmente para julgar, as pessoas vão e devem assistir. – Gostei de todos os episódios. Mas é claro que tenho os meus preferidos que são o 1, 4 e 5 e 9. Mas isso não tira o brilho dos demais que são fantásticos e adaptam personagens que estão no universo de Sandman, mas pertencem também a DC. – Mas ela não deixou o Netflix usar todos eles, apenas um deles apareceu, o meu preferido, John Constantine, que apareceu na pele de sua ancestral Johanna Constantine, uma personagem que supostamente está com uma das ferramentas do Sonho. Nessa busca vamos ver um exorcismo e seguir a vida de Johanna e seus dramas pessoais. Uma coisa que amei, o corvo Matthew, ele é uma figura.

A série ao meu ver conseguiu adaptar os HQs de modo que qualquer pessoa possa assistir e entender o universo de Sandman. A série tem uma atmosfera gótica e a fantasia reina absoluta. A narrativa, o tempo de cada cena e cor tem o tempo certo. E no final Sandman foi além da busca por liberdade e suas ferramentas. Ele se viu mudado, confuso, assustado com seu amadurecimento tão necessário.

Os personagens como Coríntios, Lúcifer, e a Morte, ao meu foram bem adaptados, claro, Lúcifer poderia ter sido melhor representado.

Mas o inferno e a jornada de Sonho caminhando por seus vários pontos vale cada minuto. – Ou o fato dele brigar com o mortal que lhe ofereceu amizade e supostamente o achou solitário. Essa parte da narrativa é maravilhosa, e mostra uma fonte possível para a imaginação de muitos artistas. – Assim como a morte mostrando o sentido que ela faz para a vida ou com Coríntios e seus seguidores se acham cheios de razão quando na verdade não passam de assassinos frios e vazios de emoções. Sandman é uma experiência visual e emocional. Agora é esperar a segunda temporada e torcer para ser tão boa, ou melhor que a primeira, afinal Desejo e Desespero aparecerão um pouco mais. Minha nota? Cinco beijos mordidos!