Opinião

A negação da maldade

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Comentarista faz saudação nazista e ri em TV aberta, apresentador defende a criação de um partido nazista.

O aclamado livro “A Negação da Morte”, de Ernest Becker. Vencedor do Prêmio Pulitzer de 1974, é considerado um clássico por analisar como os seres humanos negam sua mortalidade.

Mas há algo que as pessoas negam mais do que a morte, negam a maldade. É preciso que alguém escreva um livro sobre a negação da maldade. Isso seria muito importante porque, apesar de não podermos evitar a morte, podemos aprender a evitar a maldade.

Quando vejo alguém como Monark, com mais de 500 mil seguidores, cofundador e apresentador de um podcast de mais de 1.4 milhões de seguidores, e com milhões de visualizações de seus episódios no YouTube, pedindo a existência de um partido político nazista.

Quando um ex-BBB e comentarista como Adrilles Jorge, do canal Jovem Pan News, é acusado de usa de variação do gesto feito por Hitler, e ri da reação constrangida dos colegas, ao ponto do apresentador do programa Opinião, William Travassos, chamar ato de “surreal”.

O gesto usado por Adrilles, mesmo que não seja intencional, não é o formato mais conhecido da saudação nazista, com o braço estendido à altura da cabeça. O movimento feito pelo comentarista, com o braço flexionado e a mão aberta à altura do rosto, era realizado por Hitler e pelo ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, após discursarem, como resposta à saudação feita pelo público.

Duas atitudes nefastas, que foram fomentadas no negacionismo do holocausto, ou posicionamentos pautados na ignorância? Ou negação da maldade?

Também existem figuras no youtuber, que defendem a ditadura revolucionária do proletariado com um projeto de reabilitar Stalin e a União Soviética.

Tentando disfarçar o negacionismo dizendo que o terror existiu, que o gulag existiu, mas que não se pode “reduzir a experiência soviética a um mero reino de terror e a um grande gulag”.

Eles não contam a história de muitos ucranianos famintos que comeram a carne de outras pessoas, geralmente crianças, e às vezes seus próprios filhos; ou dos cristãos romenos cujos carcereiros os obrigavam a comer fezes a fim de que eles renunciassem à sua fé.

As vezes tenho a sensação que a humanidade não aprendeu nada com o holocausto, e com as duas grandes guerras.

Será que estamos criando e dando vozes para monstros nas redes sociais? Estamos deixando esses monstros entrarem em nossos lares, eles são seguidos pelos nossos filhos. Precisamos fazer uma análise dos perfis que seguimos e principalmente quem nossos filhos estão seguindo.

Também precisamos cobrar o posicionamento das marcas, que patrocinam programas que de uma certa, forma mesmo que de maneira subliminar fazem apologia tanto ao nazismo quando ao comunismo, como o nazismo é corretamente repudiado e criminalizado, o socialismo e comunismo marxistas também não devem ser, pois ambos mataram e matam milhares de vidas.

Esse duplo padrão de permitir um e não aceitar o outro é incompreensível, pois ambos são inadmissíveis.

Algumas marcas já se posicionaram de maneira correta e usar nossa força para que esta fala sirva de lição para que nenhum outro “influenciador” ouse falar algo assim novamente.

O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica.

Os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo. Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões.

Socialismo/comunisno, mataram mais do que os nazistas e cometeram atos abomináveis de outra natureza em nome do seu ideal, e deveriam receber o mesmo repúdio moral, social, político e penal que os nazistas.

Não podemos também esquecer do Fascismo, causou a morte de 500 mil pessoas entre os africanos, e cerca de 5 mil mortes de italianos. Armas químicas foram usadas.

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Joice Maria Ferreira

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre as atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

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