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Brasileiro testa satélite financiado pela Nasa

Lorenzzo Mantovani é graduado em Engenharia Aeroespacial pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e estagiou no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Nessa época trabalhou no desenvolvimento do satélite SPORT, um projeto financiado em parte pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). Ao ingressar no mestrado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica do ITA, com bolsa da CAPES, continuou sua pesquisa, agora na fase de testes antes do lançamento, previsto para este ano. Os resultados estão em artigo publicado na Science Direct, da editora Elsevier.

Fale sobre sua formação e como você chegou a esse projeto.
Eu estudo multicorpos flexíveis para sistemas espaciais desde a UFSM, na graduação. Quando consegui estágio no ITA, comecei a trabalhar no projeto de desenvolvimento do nanossatélite SPORT (Scintilation Prediction Observations Research Task, em livre tradução: Missão de Observações e Previsão de Cintilação). São diversos parceiros no projeto, inclusive a Nasa. O ITA é responsável pelo desenvolvimento da plataforma. Daí, soube da necessidade de se fazer uma análise de multicorpos para o lançamento. Quis, então, que fosse meu projeto de pesquisa. Apliquei para o mestrado no ITA e consegui.

Lorenzzo Mantovani é engenheiro aeroespacial e atuou na fase de testes pré-lançamento do nanossatélite SPORT (Foto: Arquivo pessoal)

NR: O nanossatélite SPORT tem previsão de lançamento neste ano. No Brasil, participam do projeto o ITA, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A AEB e a Fapesp financiam a parte brasileira do projeto, a plataforma desenvolvida pelo ITA.

O que são multicorpos flexíveis?
A teoria de multicorpos nada mais é do que discretizar uma estrutura, como um satélite, e dizer que é formada por diversos corpos individuais. Nós acabamos, pela teoria, conectando esses corpos. Então, por exemplo, se um satélite tem uma antena, podemos separá-lo em um corpo central e uma antena. Daí são dois corpos. Esses são os multicorpos. A parte de flexíveis é porque consideramos a flexibilidade da estrutura. Ela pode deformar também.

O nanossatélite SPORT tem sido desenvolvido no Brasil com financiamento da agência espacial Nasa, dos EUA (Foto: Centro Espacial ITA)

Explique sua participação no projeto SPORT.
O SPORT é um CubeSat 6U, um nanossatélite. Pequenos satélites como ele usam os chamados non-latching booms. São lançadores sem sistemas de trava, por limitações de peso e dimensões. É até possível desenvolver um sistema como o de satélites maiores, mas aumentaria em muito o custo.

Era necessário ver se esses lançadores interfeririam no lançamento do satélite, pois ficam na estrutura e, depois se soltam no espaço. Os non-latching booms são molinhas que não ficam presas, elas oscilam. Nosso objetivo era ver se as oscilações impediriam o satélite de funcionar corretamente em órbita.

Fizemos testes, levantamos e validamos nossos modelos matemáticos. Fizemos uma simulação com o ambiente do SPORT. Identificamos que essas oscilações não interferiram.

Qual a importância da sua pesquisa para a sociedade?
Foi um passo importante da fase de testes pré-lançamento de um satélite que vai coletar informações sobre a ionosfera. A essa altitude são abundantes as bolhas de plasma, que interferem em sinais de satélites de telecomunicações e, consequentemente, no funcionamento de sistemas de geolocalização como o GPS. Isso atrapalha, por exemplo, o setor de aviação. Quando uma aeronave se aproxima para pouso necessita de informação bem precisa e uma bolha de plasma pode afetar o sinal nesse ponto. Ou seja, muitas pessoas podem ser beneficiadas com o êxito desse projeto.

Qual a importância da CAPES para sua pesquisa?
Eu sou gaúcho, natural de Santa Maria. Logo no começo, fui para São José dos Campos (SP), onde fica o ITA, mas, ao longo da pandemia, tenho morado em Frederico Westphalen, no norte gaúcho. Foi aqui que desenvolvi os modelos matemáticos. O dinheiro da bolsa ajuda na alimentação e no pagamento de contas. É o meu salário, o que me permite ter dedicação exclusiva.

Fonte: https://www.gov.br/capes/pt-br

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Joice Ferreira

Colunista associada para o Brasil em Duna Press Jornal Magazine. Protetora independente e voluntária na causa animal.

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