A técnica, descoberta nos anos 1970, amplifica o sinal desses materiais e permite identificar sua presença na natureza por meio de nanopartículas metálicas. A pesquisa foi realizada na Unesp, com um período de estágio no Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC), em Madri (Espanha).
O autor da tese premiada defende a importância de se desenvolver metodologias que identifiquem a presença dessas substâncias na água, no solo e em alimentos como verduras, cascas de frutas e legumes, por exemplo, e contribuam para monitorar a sua qualidade. “O uso em excesso, a falta de ação específica, além da manipulação e do descarte incorretos desses produtos, os tornam prejudiciais ao meio ambiente e, consequentemente, podem acarretar problemas de saúde para o sistema que entrar em contato com eles”, explica Rubira.
Uma segunda vertente do estudo analisou em laboratório os efeitos causados por esses agrotóxicos em um modelo de membrana plasmática. A membrana é a primeira via de acesso de um contaminante a uma célula, seja em um sistema aquático, seja no organismo do ser humano.
Para o pesquisador, o reconhecimento oferecido pela CAPES ajuda os brasileiros a serem inseridos no mundo da ciência, uma vez que a divulgação dos trabalhos vencedores evidencia um pouco do que uma universidade pública, com financiamento, pode fazer pelo Brasil. “É por meio desse tipo de incentivo que podemos transformar e melhorar a cultura do nosso País”, conclui Rubira.
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