
Só no Brasil, por ano, são registrados cerca de 12 mil suicídios e mais de um milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Com o objetivo de prevenir e reduzir esses números, a campanha Setembro Amarelo cresceu e hoje conquista o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das administrações públicas e de toda a sociedade é fundamental.
A cor símbolo do sol também faz alusão à vida, à prosperidade e à felicidade. Ela foi escolhida para chamar atenção da população para a importância do diálogo e da prevenção ao suicídio, à depressão e a outros indicativos que podem levar a essa prática, como tristeza, isolamento, dores e sentimento de inutilidade, choro sem razão aparente e ideias de morte. O símbolo da campanha – a flor girassol – faz alusão à busca constante por luminosidade.
Desde 2015, a campanha é promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Com o tema Falar é a Melhor Solução, a iniciativa deste ano foca as medidas preventivas e de quebra do tabu que envolve o assunto. Também as dificuldades na identificação de sinais, os preconceitos envoltos nos transtornos mentais, a falta de informação e a busca por ajuda.
Sugestões aos gestores
Em razão da data, durante o mês de setembro, diversos prédios públicos e monumentos ficam iluminados. Em anos anteriores, muitos Municípios promoveram caminhadas e ações para sensibilização deste importante tema. A sugestão da CNM é que, neste ano, as prefeituras promovam ações virtuais, como exposição de vídeos com gravações de mensagens pela vida; exposição de fotos com blusas ou objetos amarelos, divulgados nas redes sociais; campanhas onlines; reuniões ou oficinas on-lines, em que se discutam as ações intersetoriais junto à rede de atendimento, com intuito de orientar sobre os fatores de risco e de proteção à vida.
Os Municípios também podem promover ações em seus canais de comunicação vinculadas a atendimentos como plantão psicológico, a ser disponibilizado pelo Município a fim de auxiliar nas situações de crises e como oferta de suporte e valorização à vida e prevenção do suicídio.
A área de assistência social do Município pode contribuir de modo estratégico, incorporando em suas atividades remotas o tema, fomentando junto às famílias e usuários da política de assistência social ações que fortaleçam seus vínculos familiares, o cuidado mútuo e a autoestima, bem como a comunicação positiva, ações que podem prevenir situação de fragilidade e/ou violência.
Há também de se pensar que a oferta regular dos serviços socioassistenciais promove diálogo frequente entre equipe e comunidade, proporcionando às equipes municipais identificar possíveis fragilidades no cotidiano dos usuários, em suas relações familiares etc. A partir disso, as equipes podem, de modo intersetorial, ao lado de áreas como saúde, promover ações de prevenção, acolhimento e fortalecimento das relações sociais.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do nosso planeta. E o Brasil é o país com maior porcentual de casos de depressão na América Latina, chegando a 5,8% da população, o que corresponde a 12 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde (MS) contabilizou 11.433 mortes por suicídio em 2016, uma média de um caso a cada 46 minutos. O problema é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Nove a cada dez pessoas que cometem suicídio tinham algum transtorno psiquiátrico.
Dicas
Diante dos números e da importância do assunto, a CNM recomenda a promoção da campanha e orienta os gestores locais a adotarem, pelo menos, medidas simples, como:
• Abordar o sofrimento e outras adversidades – bullying e cyberbullying, depressão, relações familiares conturbadas – com os alunos da rede municipal de ensino e as famílias;
• Promover palestras, rodas de conversa e debates com a população por meio dos centros de saúde, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e das Unidades Básicas de Saúde (UBS);
• Divulgar o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento sigiloso, voluntário, gratuito, 24 horas por dia, por meio do número de telefone 188, e-mail, voip (ligações pela internet); chat on-line e/ou Skype;
• Fixar cartazes com orientações sobre a importância de identificar pessoas sob riscos, de respeitar e levar a sério a dor e o sofrimento do outro, de demostrar interesse e de aponta os equipamentos de saúde disponíveis para atendimento; e
• Divulgar campanha Setembro Amarelo, orientações e informações básicas sobre os sintomas, a prevenção ao suicídio e a Rede local de Atenção à Saúde, por meio das equipes de saúde da família e agentes comunitários de saúde.
Leia também: Política de Prevenção da Automutilação e do Suicídio institui cooperação entre os Entes
Com indicação de cartilha, mês de alerta a Prevenção ao Suicídio chega ao fim
Setembro Amarelo chama atenção para importância de prevenção do suicídio
Por Raquel Montalvão, com informações da EBC e do MS
Ver também:
Conheça como funciona o trabalho de uma OSCIP que resgata animais em situação de risco e abandono.
Como estabelecer metas de estudos.
A educação de alta qualidade já está ao alcance de todos e em qualquer lugar.
O ensino de alta qualidade já está ao alcance de todos e em qualquer lugar. Educação de Ensino em Casa, Jardins de Infância e Escolas, com cursos educacionais pré-escolar, ensino básico, fundamental e médio!
Gratuitamente, clique e comece já!