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Petrúcio fica a três centésimos do próprio recorde mundial nos 100m na seletiva paralímpica

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Atleta paraibano completou a distância em 10s45 na pista do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, muito próximo dos 10s42 que registrou no Mundial de 2019.

Atleta paralímpico mais rápido do mundo, o paraibano Petrúcio Ferreira quase repetiu a marca do seu próprio recorde na prova dos 100m pela classe T47 (para amputados de braço) nesta terça-feira, 8.06, durante a abertura da seletiva do atletismo para Tóquio, no Centro de Treinamento de São Paulo. Todos os atletas aguardam o final da seletiva para confirmar as vagas para o evento na capital japonesa.

“Durante todo esse período de pandemia, precisei me reinventar com treinamentos no sítio, em casa, em outros locais adversos. Com um ano e três meses sem competir e fazer esse tempo, mostra que fizemos uma boa preparação e conseguimos manter a performance apesar de todos os desafios”, afirmou o atleta que nasceu em São José do Brejo do Cruz, no sertão da Paraíba, e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo, aos dois anos, quando sofreu um acidente com uma máquina de moer capim.

“Durante todo esse período de pandemia, precisei me reinventar com treinamentos no sítio, em casa, em outros locais adversos. Com um ano e três meses sem competir e fazer esse tempo, mostra que fizemos uma boa preparação e conseguimos manter a performance apesar de todos os desafios”

Petrúcio Ferreira

Desde a última edição dos Jogos, ele diminuiu 15 centésimos a sua marca nos 100m rasos. O tempo que Petrúcio alcançou em Dubai foi oito centésimos mais rápido do que o recorde mundial do qual ele mesmo era o dono. Em junho de 2018, ele completou os 100m em 10s50 durante a etapa de Paris do circuito promovido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

De quebra, a marca que ele estabeleceu em 2018 havia superado a registrada no Mundial de Atletismo de Londres 2017, quando ele não só quebrou o recorde dos 100m com 10s53, como fez o mesmo nos 200m (21s21). Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, ele havia completado os 100m em 10s57, menor tempo do mundo à época.

“Estou me preparando para Tóquio desde que terminou os Jogos Rio 2016. Estou focado nessa grande competição. Apesar de algumas circunstâncias que aconteceram no meio do caminho, que foi essa situação de saúde que afetou o mundo inteiro. Mas os Jogos Paralímpicos não foram cancelados, apenas adiados. Neste meio tempo, consegui manter o foco no meu objetivo que é representar o meu país e dar o meu melhor”, afirmou Petrúcio, que disputará os 100m e os 400m em agosto, na capital japonesa.

Outros resultados

Outras marcas expressivas foram registradas na pista do CT Paralímpico, em São Paulo, nesta terça. O velocista Christian Gabriel da Costa, da classe T37 (para atletas com paralisia cerebral), correu os 100m em 11s29 e bateu o índice de 11s34 colocado como marca pré-estabelecida em sua classe.

Já Vinícius Rodrigues, bronze nos 100m da classe T63 (para amputados de perna) no Mundial de Atletismo Dubai 2019, ficou a dois centésimos do índice – fez 12s26 ante os 12s24 a serem atingidos.

Outro atleta que ficou próximo foi Fábio Bordignon, da classe T35 (para atletas com paralisia cerebral). O medalhista de prata nos 100m e nos 200m no Rio 2016 correu a mesma prova em 12s53, sete centésimos mais lento que o tempo a ser batido.

Na parte da tarde, nos 400m, o paulista Thomaz Moraes (T47) correu abaixo da marca do índice de 49s que o habilita para os Jogos de Tóquio. Com 48s74, Thomaz, que tem má-formação congênita no braço direito abaixo do cotovelo, aguarda o final da seletiva e da convocação oficial para confirmação de vaga no maior evento paradesportivo do mundo na capital japonesa.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro


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Wesley Lima

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades culturais, sócio-políticas e econômicas da região.

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