A profetisa Débora é o modelo perfeito da mulher que realiza feitos grandiosos, porém, para conservar-se seguramente longe da vista do público, atribui todo o crédito ao marido. Ela é descrita como “Débora, a profetisa, esposa de Lapitod” ( Shoftim 4:4).
Chazal explicam que seu marido não era um homem letrado e não estava em condições de obter por si mesmo um lugar de prestígio no Mundo Vindouro, pois lhe faltava a luz da Torá. Para corrigir a situação, Débora incumbiu-se de fazer pavios muitos grossos para o candelabro, que produziriam chamas enormes, brilhantes e belas. Quando ficavam prontos, seu marido os transportava ao tabernáculo em Shiló.
Assim, ele era chamado de Lapidot – tochas de fogo – (embora seu verdadeiro nome fosse Barak), porque levava pavios semelhantes a tochas ao tabernáculo. Lapidot trazia mais luz para o mundo com esses pavios sagrados e ganhou, por meio deles, um lugar recompensador no Mundo Vindouro.
Curiosidade: Quem possibilitou que Lapidot se tornasse digno e merecesse o Mundo Vindouro? Foi sua esposa Débora. Sobre ela se diz: ‘A sabedoria da mulher construiu sua casa'” ( Mishlei 14:1). Para recompensá-la por ter feito tudo sozinha – cedendo depois o crédito ao marido, a fim de permanecer absolutamente discreta – Hashem escolheu-a para a posição elevada de profetisa.
Fonte Blog Torah Com Você