F1 | Protótipo do carro de 2021 é testado e apresentado

A Formula 1 e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) trabalham na pesquisa e desenvolvimento desde o início do ano, com o uso de Fluidos Computacionais Dinâmicos (CFD) de acordo com suas visões para os próximos 2 anos.

Em julho, um modelo do carro de 2021 foi colocado no túnel de vento da Sauber, sob condições estritas de sigilo, para um teste intensivo. Primeiramente, começaram em Janeiro, aonde o carro que possuia 60% do modelo de 2018 foi usado, e a seguir em março quando uma interação do protótipo de 2021 foi testado, com rodas aro 13. O grupo de consultoria independente da Sauber, garantiu que sua equipe de F1, a Alfa Romeo Racing, não obteve nenhuma vantagem ao ceder o túnel de vento para os testes com o protótipo. A Sauber faz serviços de testes em seu túnel para equipes automobilísticas de diferentes categorias, além de fornecê-lo para testes em engenharia automotiva e aeroespacial.

(Conceito do Carro de 2021. Foto: reprodução site oficial formula1.com)

Pode-se observar detalhes que diferenciam o modelo do futuro com o carro atual da temporada 2019: asas laterais e asa traseira mais curvas e asa dianteira mais baixa. Tudo isso ainda pode evoluir pra melhor, enquanto os testes continuam. Na foto acima, o protótipo está com rodas aro 18, e em uma escala que representa apenas 50% das dimensões reais.

Tradicionalmente, carros conceito com escala em 100% (tamanho real) não são utilizados em túneis de vento, pois seu uso foi banido há alguns anos atrás por causa do extremo custo de produção do modelo. A maioria das equipes preferiam usar modelos em 60%, mas a Fórmula 1 e a FIA optaram em estipular a produção de protótipos em até 50% de seu tamanho real.

O Técnico Chefe Oficial da Formula 1, Pat Symonds, afirmou em entrevista à F1 News, que os testes no túnel de vento são um pouco diferentes do que as equipes podem fazer. E completou: “Eles se concentram somente nas forças resultantes no carro, através de várias formas enquanto o põem em movimento. Enquanto nós naturalmente temos interesse em o que aquelas forças são e particularmente como elas mudam conforme o carro se move, estamos mais interessados no que está acontecendo na turbulência do ar atrás do veículo. Por esse motivo, estamos fazendo mais do nosso desenvolvimento em CFD, que usa belas técnicas avançadas no qual não são comumente usadas pelas equipes [de F1]. Queremos integrar simulações virtuais com uma simulação física.

(Traseira do protótipo de 2021. Foto: reprodução site oficial formula1.com)

A vantagem de utilizarem o túnel de vento da Sauber, é que a operação suíça tem um sistema automático de inclinação mais eficiente. O chefe de assuntos técnicos de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, explicou que esse sistema é feito de “tubos com sensibilidade de guinada, que ajudam a medir a direção, pressão e velocidade do fluido de ar, mantendo os componentes de velocidade e a pressão.”

Segundo a F1 News, um dos principais focos dos cabeças da F1 para o ano de 2021, é ver mais ultrapassagens. Para isso, é necessário desenvolver um design que possibilite maior aproximação dos pilotos/carros entre si. Symonds está encorajado em dizer que “atualmente além do que eu achava que poderíamos conquistar quando começamos o projeto“. Ele acrescentou: “Com as configurações que tivemos até o momento, os resultados são excepcionais.

A Fórmula 1 e a FIA trabalham na pesquisa e desenvolvimento para finalizar os regulamentos de 2021 a tempo, com deadline para Outubro. Não quer dizer que irão excluir as equipes. Elas foram convidadas à ajudar na reunião de dados e processo de desenvolvimento, com a permissão da FIA para fazer testes fora dos horários que ela alocou para seus projetos atuais. “As equipes foram muito boas, aquelas que tem os recursos para fazê-lo, que trabalharam em alguns projetos para nós e eles foram informados sobre o que estava acontecendo. Tivemos encontros mensais, enviamos nossa geometria para elas, e então correm para colocar em prática em seus próprios ambientes de CFD e trazem seus resultados como feedback para nós.” Diz Symonds.

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