
Guenther Steiner foca no aprimoramento do carro, adaptação às regras da FIA e na resolução de problemas com a fornecedora de pneus, Pirelli.
Após uma meia-temporada frustrante para a equipe americana, as férias de verão são ocupadas por reflexões e planejamentos para as próximas corridas. Na maioria das equipes da Fórmula 1, quando algum de seus pilotos não entregam o resultado esperado, o substituem por outro (quase sempre de outra equipe) que está em uma posição melhor. Como foi o caso de Pierre Gasly na RBR, que voltou para a Toro Rosso e foi substituído por Alexander Albon esse mês.
Os pilotos da Haas, Kevin Magnussen e Romain Grosjean, estão entre os penúltimos na classificação, em 13º com 18 pontos e 17º com 8, respectivamente. No momento, a equipe sofre atritos com a Pirelli, que persistem desde maio (A Haas desaprova a concepção de pneus da fornecedora, enquanto a Pirelli chama o carro de mal projetado e, por esse motivo, (segundo ela) acontece a rápida perda de temperatura dos pneus).
Diante dessa situação, é normal que se espere novos pilotos na equipe, para pelo menos, tentar resolver parte das dificuldades. Não é novidade que pilotos mais jovens estão com mais chances de contratação, mas para Guenther, é uma atitude arriscada.
Em entrevista à F1, o chefe da Haas disse: “Essas decisões são atualmente muito difíceis de tomar. Isso é uma oportunidade, mas vem acompanhada de um risco muito alto, então é como um time que podemos fazer, mas é o que queremos fazer? Pois eu continuo achando que se tivéssemos dois ou um piloto novo, não nos ajudaria, porque estamos um pouco perdidos com a situação dos pneus, e um novato não ajuda você.“
O foco da atenção da mídia como um possível piloto substituto de Grosjean ou Magnussen, é o filho do bicampeão brasileiro de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi: Pietro Fitipaldi. Membro da Academia de Pilotos da Ferrari e piloto de testes da Haas esse ano, Pietro não participou de nenhum treino livre da temporada. Segundo Guenther, existem maiores prioridades: “Para nós é complicado, por outro lado, gostaríamos de fazer isso por ele… [dar uma chance à Pietro]” Guenther continua: “Precisamos de ambos os pilotos [Grosjean e Magnussen] testando o carro da melhor forma possível. Nosso foco não é estar em 9º no campeonato [de construtores], precisamos ser melhores, então não posso prometer nada a Pietro.“
Apesar de ser o piloto de testes da equipe, Pietro Fittipaldi não possui superlicença, um dos requisitos para correr na F1, e como não participou de nenhum treino livre até agora, o brasileiro tem menos chances de participar de corridas na categoria, já que participações em treinos livres vão contar para a superlicença dos pilotos no ano que vem.
A Haas precisa traçar estratégias eficientes e tomar decisões o quanto antes para se recuperar nos próximos GPs. Com 26 pontos na classificação de construtores, a escuderia americana está na frente apenas da Williams, a pior colocada que só tem 1 ponto, conquistado por Robert Kubica. Mesmo com a afirmação de querer manter Grosjean e Magnussen, Guenther Steiner ainda não confirmou o line-up de 2020.
