Chego em casa e fico TRISTE, pois, ao ligar a televisão ouço uma notícia PRA MACHUCAR MEU CORAÇÃO. Uma pura INSENSATEZ toma conta de minha alma e SE É TARDE ME PERDOA, mas, a dor dessa perda é grande de mais para não sentir. DE CONVERSA EM CONVERSA, levanto a notícia e vejo que é a pura verdade. Morre aos 88 anos no Leblon, o pai da Bossa Nova, JOÃO GILBERTO.
Poderia fazer aqui um texto com todas as músicas criadas pelo gênio João Gilberto, e, também, as eternizadas em sua voz. Músicas que em outras vozes perdiam o sentido. Como ouvir DESAFINADO e não lembrar de João Gilberto, pois, só na sua voz aquela desafinada música dava sentido. Mesmo sendo uma obra do genial Tom Jobim, SAMBA DE NUMA NOTA SÓ, se torna a NOTA na voz de João Gilberto.
É inegável a maestria da batida de João Gilberto, batida esta que gerou a mais maravilhosa de todas as vertentes da música mundial que é a BOSSA NOVA. Mas AOS PÉS DA SANTA CRUZ, numa MANHÃ DE CARNAVAL, antes de cantar um SAMBA DA MINHA TERRA, VOCÊ E EU, vamos poder lembrar desse monstro da Música Popular Brasileira e quem sabe num BARQUINHO, fugindo de um LOBO BOBO, possamos então entoar uma AVE MARIA DO MORRO. Sei que muita coisa ainda será dita sobre esse músico fantástico, pois, DESDE QUE O SAMBA É SAMBA, de SAMPA aos pés do CORCOVADO, vamos poder ver nessa AQUARELA DO BRASIL musical que foi a sua carreira, a COISA MAIS BONITA, que é esse BRASIL PANDEIRO cantado por João Gilberto na maestria de seu violão.
Posso passar a minha vida toda atrás de algum sentido musical que possa me embalar, mas, SÓ DANÇO SAMBA para poder matar essa SAUDADE DA BAHIA, que só EU E A BRISA vamos sentir na falta da voz embalada de João Gilberto e seu violão único.
Mas, SE É POR FALTA DE ADEUS, digo, o choro de meu coração não se cala e como uma WAVE de sentimentos, segue nesse TRENZINHO, onde O NOSSO AMOR pela excelente música que é a Bossa Nova não irá parar de soluçar pela despedida que tenho de dar a esse ícone musical que hoje nos deixa, indo cantar no Carnegie Hall Celeste ou quem sabe num Festival de Jazz celestial, onde na companhia de Tom, Vinícius, Miúcha e tantos outros nomes da Bossa Nova, preparem um espetáculo a altura do Céu.
Muito ainda poderia escrever e falar sobre João Gilberto Pereira de Oliveira ou simplesmente João Gilberto, mas, CHEGA DE SAUDADE, agora é hora de dizer adeus.
Obrigado pela musicalidade que você deixou para nós Brasileiros e para o mundo, João.
Vai em Paz. O PATO e nós ficamos órfãos, mas, leve O NOSSO AMOR.
Rio 06/07/2019
Luiz Gustavo Chrispino