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Máquina Injetora de Hyatt

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Seguindo a sequência do livro: “50 máquinas que mudaram o rumo da história”. Vamos conhecer um pouco da Máquina Injetora de Hyatt.

Em meados do século XIX, havia uma enorme demanda por marfim e como consequência a sociedade corria o risco de perder bolas de bilhar, botões, cabos de facas, teclas de piano, dentes falsos, hastes de leques e suporte de colarinho, pois o elefante africano passou a correr um sério risco de extinção.

Diante da situação a empresa norte-americana Phelan & Collander, que produzia bolas de bilhar, teve seus negócios afetados e ofereceu 10 mil dólares para quem conseguisse produzir um substituto para o marfim.

O inventor John Wesley Hyatt (1837-1920) começou a fazer experiências com a “parquesina”, que foi o primeiro plástico fabricado pelo homem, idealizado por Alexander Parkers (1813-1890) em 1862. Durante a década de 1860, Parkers tentou comercializar sua invenção, mas não teve sucesso ao contrário de um de seus sócios, Daniel Spill (1832-1887), que teve sucesso com uma versão melhorada do plástico, que foi intitulada de “xilonite” em 1869.

Em 1870, John Hyatt e seu irmão mais novo Isaiah desenvolveriam sua própria versão da parquemisa, que chamariam de “celuloide”. Mas como era muito comum no século XIX, a questão foi levada à justiça por rivais com a alegação de quebra de patentes, onde Parkes foi reconhecido como o inventor original.

Os irmãos Hyatt não reivindicaram o prêmio de 10 mil dólares, obtiveram sucesso fundando sua própria indústria para fabricar bolas de bilhar e outros produtos que outrora eram feitos de materiais naturais, como chifres de marfim.

Mas o segredo do sucesso dos irmãos Hyatt não foi apenas o desenvolvimento do celuloide, mas também a invenção da primeira máquina de molde por injeção -“a máquina injetora”-, que era capaz de fabricar barras ou folhas de celuloide que podiam ser transformados em diversos produtos. A maquina foi patenteada em 1872 baseava-se na máquina de fundição sob pressão, onde foi acrescentado um mandril no cilindro para aumentar a condutividade térmica e derreter a celuloide, que era injetado em um molde resfriado a água por um pistão.

O celuloide foi o primeiro plástico do mundo a obter sucesso comercial.

Referência Bibliográfica

CHALINA, Eric. 50 Máquinas que mudaram o Rumo da História. Tradução de Fabiano Morais. Rio de Janeiro. Sextante. 2014. 

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Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

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