Uma das áreas mais fascinantes do mundo é certamente a literatura. Impressionante como uma só área pode acastelar tantas outras desde artes até ciências. Criatividade e conhecimento caminham lado a lado em invejável harmonia.
Há quem se pergunte se vale a pena estudar literatura. A resposta é muito simples: vale a pena estudar a humanidade?
A literatura consegue a proeza de condensar História Mundial, e ao mesmo tempo, transcrever todas as formas de evolução humana existentes nas mais diversas áreas.
Outro detalhe sui generis é que a literatura é a área que geralmente encabeça os movimentos culturais dos países, e, por isso mesmo, funda escolas ou sociedades filosófico-literárias.
A rica contribuição da literatura para o mundo se dá em três tempos: relatos e registros do passado; fatos e acontecimentos presentes; e perspectivas e ponderações sobre o futuro. Assim, a literatura se eleva a um status diferenciado em que ela é ela mesma enquanto área de conhecimento artístico, e ainda uma área que constitui documentação histórica e compilações ou pesquisas científicas ordenadamente elaboradas.
No amplo espectro da literatura existem subdivisões que acabam sendo olvidadas. Literatura não apenas restringe-se a Poesia, Romance e Literatura Fantástica como popularmente se crê. Literatura é tudo. Literatura é o mundo em palavras. Pode-se citar as mais importantes subdivisões literárias como:
Literatura Científica ou Técnica;
Literatura Histórica (Documental);
Literatura Investigativa;
Literatura Acadêmica;
Literatura Informativa (de informação);
Literatura de Guerra;
Literatura Crítica;
Literatura de Ficção;
Literatura de Etnoficção;
Literatura de Fantasia;
Literatura Especulativa;
Literatura Folclórica/ Mitológica;
Literatura de Cordel;
Literatura Criativa;
Jornalismo Literário.
Cabe assinalar que muitos estudiosos preferem usar termos menos específicos como “atividades literárias”, “escrita literária”, “criação literária” ou “produções textuais” ao invés de Literatura ou Artes Literárias; contudo tais nomenclaturas nada mais refletem que a própria literatura. Há, ainda, quem insira todas as formas em justamente “formas literárias” ou “gêneros literários” ou ainda “técnicas literárias”; o que para outros acadêmicos não parece ser o mais preciso. Seja como for, o fato é que a literatura deve ser vista como uma fonte primária quer seja de um dado real, imaginário coletivo ou hipóteses futuras (especulações).
É possível encontrar divisões como “Literatura de Não-Ficção” e “Literatura de Ficção”; todavia, não há dúvidas de que não-ficção e ficção compõem a Literatura, isto é, tudo é literatura. Literatura é, no final das contas, traduzir em palavras muito bem escritas a história universal, seja ela factual, estimativa ou fruto de imaginação de um povo ou de um tempo.
Literatura é memória, é registro, é legado, é história (outrora – pré AO/90 – possível distinguir estória, história e História, todas elas são Literatura).
Leituras recomendadas:
Lounsberry, Barbara (1990). A arte de fato: artistas contemporâneos de não-ficção. Westport, Conn: Greenwood Press.
Gutkind, Lee (1997). A arte da não-ficção criativa: escrever e vender a literatura da realidade. Nova Iorque: John Wiley & Sons, Inc.
Anderson, Chris (1989). Não-ficção literária: teoria, crítica, pedagogia. Carbondale: Southern Illinois University Press.
Johnson, EL; Wolfe (1975). O Novo Jornalismo . Londres: Pan Books.
Gutkind, Lee, ed. (2008). Mantenha-o real: Tudo o que você precisa saber sobre como pesquisar e escrever não-ficção criativa. Nova Iorque: WW Norton & Co.
Programas de Redação Associada; Forche, Carolyn; Gerard, Philip (2001). Escrevendo Não-ficção Criativa: Instrução e Insights de Professores dos Programas de Redação Associados. Cincinnati.