O Atual governo espanhol do PSOE, tendo como Primeiro Ministro Pedro Sánchez, provavelmente terá pela frente uma decisão bastante complicada: Pedro Sánchez terá de decidir se continuará a governar, prolongando em 2019 o orçamento do executivo anterior, de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), ou se convoca eleições antecipadas.
MOTIVO: O parlamento espanhol votou hoje em Madrid contra o projeto de Orçamento para 2019 do Governo minoritário socialista. Os partidos Independentistas Catalães que foram decisivos para a formação da maioria no parlamento para colocar o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), no poder e dar a Pedro Sánchez o posto de Primeiro Ministro em meados de 2018, votaram agora ao lado da oposição de direita na devolução ao executivo da totalidade das contas de Estado.
Com isso, o Orçamento Espanhol fica paralisado, caso semelhante ao que está ocorrendo nos Estados Unidos. Porém, no caso da Espanha, o Primeiro Ministro tem duas saídas: ou mantém o Orçamento do seu antecessor, Mariano Rajoy do Partido Popular ou, então, terá de marcar para um prazo curto novas eleições Legislativas.
Tal situação complica um pouco a vida do PSOE, pois, o mesmo não possui maioria no Parlamento, tendo algo em torno de 24% das cadeiras, o que não lhe dá maioria. A situação se desenrola para as duas alternativas acima citadas, o que dificulta um pouco a situação do atual Primeiro Ministro e seu Governo.
O banco de Investimento JPMorgam, face à instabilidade política que se vive em Espanha, ontem, já aconselhava os investidores a refugiarem-se na dívida portuguesa.
O analista do banco, Gianluca Salford considera que a dívida portuguesa é um bom refúgio perante a incerteza política que se vive em Espanha.
Como o Partido Nacionalista Catalão e o Castelhano juntaram-se a oposição e impediram a aprovação da proposta do Orçamento do Estado para 2019 do Governo socialista, agora a situação do Primeiro Ministro é delicada.
Fecho a matéria com uma observação pessoal: Qual grande é a diferença de uma nação onde o Parlamento Monárquico se faz presente e atuante? A situação é grave, mas, acredito que não ocorrerá, greves, badernas, apenas, a normalidade da vida dos Espanhóis e, quem sabe, a necessidade de irem as urnas em breve para continuarem a ter suas vidas legislativas garantidas pela Monarquia Parlamentar Constitucional Espanhola.
Que Inveja.
Rio, 13 de fevereiro de 2019
Luiz Gustavo Chrispino
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