No processo de consolidação da língua portuguesa além do escritor Luís Vaz de Camões, outros dois nomes destacam-se muito: João de Barros, em Portugal e Machado de Assis, no Brasil.
João de Barros era historiador e lingüista, e foi o responsável pela elaboração e publicação, em 1540, da Gramática da Língua Portuguesa, um livro ilustrado que trazia em anexo os diálogos e princípios morais da Igreja Católica, obra considerada como o primeiro livro ilustrado impresso do mundo. Ele foi considerado o primeiro grande historiador de Portugal e exímio humanista, com uma prolífica carreira literária.
Monarquista e muito chegado à Família Real de Portugal, João de Barros foi condecorado várias vezes, tendo sido inclusive agraciado pelo Rei Dom João III com a posse de duas capitanias no Brasil: Rio Grande do Norte e Maranhão.
No Brasil, o escritor Joaquim Maria Machado de Assis é considerado o maior consolidador da língua portuguesa com valorosos trabalhos nas áreas de Ciências da Filologia e Gramática, e grandes contribuições literárias que buscavam unificar língua e patriotismo. Ele é aclamado como o escritor mais proeminente da literatura brasileira, sendo respeitado internacionalmente por ser um dos poucos autores capazes de escrever em praticamente todos os gêneros literários.
Monarquista e muito próximo à Família Imperial do Brasil, Machado de Assis foi condecorado por Dom Pedro II com o grau de Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa.
O que João de Barros e Machado de Assis tinham em comum? O amor pela língua portuguesa, um amor tão grande que os colocou à serviço dela em clara e rara dedicação durante anos a fio.
Definitivamente a “língua de Camões” não seria a mesma sem esses dois ilustres nomes: João de Barros e Machado de Assis!