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Tear de Jacquard

Crédito da imagem: Stylo Urbano

Usando como base o livro: “As 50 máquinas que mudaram o rumo da história”, de autoria do jornalista Eric Chaline, traduzido por Fabiano Morais, vamos iniciar uma série mostrando os grandes avanços da humanidade após o surgimento dessas máquinas.

Seguindo a ordem cronológica do livro vamos falar sobre o Tear de Jacquard. 

O nome é uma homenagem ao seu inventor Joseph Marie Charles (1751 – 1834), também conhecido por “Jacquard”. 

Jacquard foi nascido em Lyon, a capital francesa da indústria de seda, sendo descendente de uma família de tecelões. Vendo as dificuldades dos tecelões na época, pois seu pai passava uma semana para bordar dez centímetros de tecido, desenvolveu esse grande invento que mudou a história da indústria têxtil. Não se trata de uma invenção propriamente dita, mas sim de um aperfeiçoamento do tear de pedal (c. 300 D.C.), aprimorada com avanço de outros inventores, como o tear de Jacques Vaucason (1709 – 1782).

O Tear de Jacquard foi o primeiro a alcançar o sucesso comercial na França na tentativa de automatizar a tecelagem.  .

Criado em momento oportuno, no auge da revolução industrial, 1801, e o imperador Napoleão I (1769 – 1821) pretendia concorrer com a Inglaterra, que dominava a indústria têxtil, após inspecionar pessoalmente o tear concluído em 1805, ofereceu a Jacquard uma pensão vitalícia.  . 

A principio foi desenvolvido com a pretensão de automatizar o processo de tecelagem, eliminar erros humanos, padronizar a produção de tecidos e acabar com a função das crianças que trabalhavam nos teares de tração tradicional, crianças essas que suas funções eram “draw boys”. Com a tecelagem automatizada a produção de tecidos aumentou e barateou os preços das roupas e tecidos. Isso aumentou a possibilidade das pessoas com o pouco poder aquisitivo também comprarem, pois outrora apenas as pessoas com alto poder aquisitivo tinham esse privilégio. 

Jacquard substituiu o tecelão e seu ajudante por cartão perfurado, usando um sistema binário, devido a esse sistema (binário) o Tear de Jacquard é considerado o primeiro computador, tanto que o pioneiro da computação Charles Babbage, matemático britânico, previu uma “Máquina Analítica” em 1837, que iria se tornar o primeiro computador de uso geral, ele decidiu que a entrada do computador iria armazenar cartões perfurados como o sistema criado por Jacquard. Embora a máquina não tenha sido construída por Babbage, tanto ele quanto sua obra ficaram bastante conhecidos e influenciou a ciência da computação. 

Apesar dos tecelões apresentarem uma resistência ao invento temendo por seus empregos, em 1812, já havia 11 mil teares de Jacquard em toda a França, sinal que o objetivo de Jacquard de automatizar a produção industrial foi alcançado.  . 

O tear de Jacquard foi referência no mundo todo expandindo as maravilhas da indústria têxtil, sendo substituído pelo tear mecânico em 1840. 

Referências Bibliográficas 

CUNHA, Renato. O tear de Jacquard não só revolucionou a indústria têxtil, mas foi o primeiro computador do mundo. Stylo Urbano, 2017. Disponível em:< http://www.stylourbano.com.br/o-tear-jacquard-nao-so-revolucionou-a-industria-textil-mas-foi-o-primeiro-computador-do-mundo/>. Acesso em 24/01/2019. 

CHALINA, Eric. 50 Máquinas que mudaram o Rumo da História. Tradução de Fabiano Morais. Rio de Janeiro. Sextante. 2014.  

Joabson João

Colunista associado para o Brasil em Duna Press Jornal e Magazine, reportando os assuntos e informações sobre atualidades sócio-políticas e econômicas da região.

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