
Fico vendo o Rio de Janeiro, essa bela cidade, ao litoral, com suas praias, maravilhosas e paradisíacas: Grumari, Prainha, Ipanema, Leblon, Copacabana, Barra, Recreio e o paradisíaco Piscinão de Ramos.
Temos belezas incomparáveis, onde a Natureza e a Urbanidade se unem para dar um destaque diferente de nossa cidade e mostrar como a natureza e homem podem viver em harmonia, temos ai: O morro do Pão de Açúcar e o Bondinho, a Praia de Botafogo e sua enseada, com a Marina do iate Clube do Rio de Janeiro, A Praia Vermelha e suas construções e fortificações ao redor, a Praia da Urca e o Forte de São João, onde tudo começou com a chegada de Estácio de Sá, o Morro do Corcovado e a estátua do Cristo Redentor, Morro da Rocinha e a favela da Rocinha.
Nossa cidade é recheada de coisas paradisíacas.
E, como se chegou a São Sebastião como padroeiro? Bom, isso foi coisa do Senhor Estácio de Sá, que por falar nisso, foi uma família que dominou o Rio de janeiro por muito tempo no período colônia. Começando como o Estácio, que virou bairro e Escola de Samba, seguido pelo Mem de Sá, vindo depois por duas vezes o seu Primo ou Sobrinho (era uma zona, ninguém se entendia de verdade) Salvador Correia de Sá, o velho, (pois, vai haver o Novo, o Benevides), ficou no poder por trinta anos de 1569 a 1599, tendo apenas um período de cinco anos, onde dois não Sás governaram o Rio de Janeiro, aí, por conta, acho, de uma eleição conturbada, ganha como prefeito da Cidade o Crivella… Pera, misturei as coisas! Vamos voltar… Com o fim do governo de Salvador Correia vem um outro que nem vale lembrar o nome, para governar por três anos o Rio de Janeiro, num governo apático, apagado, sem atrativo, sem incentivo ao Carnaval (hii, misturei tudo de novo, influência do governo do bispo), acabou sendo substituído por… mais um Sá, Martins Correia de Sá, por dois mandatos 1602 à 1608 e 1623 à 1632. Bom, acham que acabou os Sá?? Ledo engano, ainda teve o filho do Martim Correia, Salvador Correia de Sá e Benevides, que governou a cidade do Rio de janeiro por três vezes, depois dizem que reeleição só ocorreu no Brasil Moderno, vai vendo… Governou de 1637 à 1642, depois alguns meses em 1648 e por último de 1659 a 1660, tendo ocorrido inclusive neste período a Revolta da Cachaça, ficaram curiosos né? Mas, esta revolta vou contar em outro texto, de certo que sim. Bom, agora, acabaram-se os Sá? Não, ainda teve o filho do Benevides, João Correia de Sá, que governou de 1661 a 1662. Depois reclamam que o Cesar Maia e o Jorge Roberto da Silveira no Rio e em Niterói quiseram monopolizar o governo das cidades, vai vendo ai os Sá! Gente que coloniza, monopoliza.
E observando essa história vemos como foi o nosso período Colonial no Rio de Janeiro. Imagina no resto do Brasil, e o povo preocupado com Política, esqueceu de que nossa História é rica em detalhes obscuros e NUNCA contados, por influência do MEC – Ministério de Escondidos Casos ou Muito Estudo Cansa. Mas, vamos voltar ao tema do artigo, esqueçamos a fofoca “Sá”, por enquanto, apenas para reforçar, Sandra de Sá não pertence a Família. De certo.
Donde vem nosso padroeiro? Por que temos duas datas de comemoração: 20 de janeiro e 1º de março? Bom, observamos os dois fatos que geram essas datas: 1º de Março de 1565 – Fundada a cidade, por Estácio de Sá e 20 de janeiro de 1567 – Vitória sobre os Franceses na batalha ocorrida no Entrincheiramento de Uruçu-Mirim (atual Praia do Flamengo, no pé do atual, Outeiro da Glória) e confirmada com a vitória geral, um dia após, na tomada da Paliçada da Ilha de Paranapuã, por Mem de Sá (esta localizada na Ponta do Galeão, na minha querida e bucólica, Ilha do Governador). Dia 20 de janeiro é marcada como a data da morte de São Sebastião por Diocleciano, que o manda matar primeiro a flechadas, mas, este não morre, encontrado ainda vivo por Santa Irene, é recolhido, curado, volta a Diocleciano, enfrenta o imperador, reafirma sua devoção ao Cristo, e ai, é morto a paulada e jogado no Esgoto. Encontrado por Santa Luciana, esta o limpa e o enterra nas catacumbas, onde hoje está, San Sebastiano fuori le mura, conhecida como Basílica de São Sebastião das Catacumbas ou São Sebastião fora dos Muros. E aí vemos como surge essa devoção carioca ao Santo francês, nascido em Narbona e morto em Roma.
Bem, mas, e o Rio de Janeiro, vem aquela fala antiga de que o nome foi dado por que Estácio de Sá ao fundar a cidade, pensava que estava na foz de um grande rio, e como era janeiro, ficou São Sebastião do Rio de Janeiro. Balela igual ao “Verde das matas e Amarelo do Ouro de nossa Bandeira”. Não tem um cabra de coragem de dizer que o verde é dos Braganças, por parte de D. Pedro I e o amarelo é dos Habsburgos, por parte de D. Leopoldina. Mais uma vez o Ministério das Esquisitices Cultuadas, não ensina como deveria ensinar
Mais uma vez vemos aqui como a História é mal contada e explicada. Se Estácio de Sá, funda a Cidade em 1º de março deveria ser então Rio de março… Como a Vitória foi dia 20 de janeiro, até se entende por que colocar São Sebastião como padroeiro, visto que reza a lenda que os franceses, viram São Sebastião brandindo espada ao lado dos portugueses e indígenas que lutavam no lado luso. Mas, São Sebastião não era francês? Era. Mas, tem uma paçoquinha de detalhe. Villegagnon era calvinista. Vai ver que, por isso, o Santo preferiu o lado português. Bom não me importa se foi janeiro, março, a meu ver, tinha de ter o dia comemorativo de janeiro pela Criação em definitivo da Cidade com a vitória e expulsão dos invasores franceses e em março pela fundação Histórica da Cidade ali entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar.
Só acho que São Sebastião poderia ter um outro santo como Co-Padroeiro do Rio. Eu sugiro São Lourenço, afinal ele tem experiencia com Calor de Grelha e com o calor que está aqui no Rio, somente mesmo um santo com Experiência no assunto para nos socorrer.
De certo, sem esquecer que nessa data em 1983, falecia o maior gênio Futebolístico de todos os tempos: Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha.
Rio, 20 de janeiro de 2019 – Dia do padroeiro da Cidade
Lugus Vom du Kontra – Barão de Araruta e Historiador Confesso.
PS.: Aguardem, vem mais coisa por aí. Deveras, ah se vem.
Apresento a vocês meu ilustre e amado Historiador auto didata e nobre por nascença, que escreverá muitos textos sobre a História do Brasil. Meu caro e nobre Barão de Araruta – Lugus Von du Kontra.
Luiz Gustavo Chrispino
A imagem mostrada no artigo de nosso dileto Conde, foi copiada do sitio abaixo: http://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/local-de-fundacao.html – a este sitio e seu autor devem-se os créditos da mesma. A imagem do Santo, que capeia o artigo, foi retirada do banco de dados do Google.