“Vim de uma família em que
a única emoção respeitável é demonstrar irritação.
Em alguns essa tendência produz risada,
Em outros literatura,
Em mim: ambas.”
Nascida em 25 de março em Savannah, Geórgia, Estados Unidos, em uma família católica, de origem irlandesa e filha única de Edward Francis O´ Connor Jr., Segundo-Tenente da 325ª. infantaria e 82ª. Divisão da Geórgia, e agente imobiliário e Regina Lucille Cline O´Connor, mulher de negócios e administradora de uma fazenda na Georgia, Mary Flannery O´Connor, que recebeu seu nome em homenagem ao nome da esposa de um herói da Guerra Civil, que se chamava Mary e de um primo militar, o capitão John Flannery, foi uma das mais criativas e inspiradoras escritoras do século XX.
Flannery tinha uma vida muito agradável e confortável com sua família, vivia com seus pais idilicamente, sempre freqüentando a fazenda de seus avós maternos. Aos 6 anos, Flannery ensinou uma galinha a caminhar de ré e foi destaque no jornal local quando uma equipe da Pathé News a filmou em uma reportagem chamada “Little Mary O’Connor e sua galinha treinada”. A reportagem foi veiculada por todo o país.
A vida adorável de Flannery seguiu alegremente após o sucesso da reportagem e ela foi matriculada na St. Vincent’s, uma escola paroquial católica em Savannah, onde estudou até os 12 anos, quando a família recebeu a notícia de que seu pai estava muito doente por sofrer de uma doença autoimune chamada lúpus eritematoso sistêmico. A família se mudou para Milledgeville, Geórgia, em 1940 para viver na Fazenda da Andaluzia, onde a mãe de Flannery fora criada. A casa da fazenda era secular e muito renomada pois fora construída na década de 1820 e tinha servido como uma mansão do governador temporário quando Milledgeville era a capital da Geórgia. Ademais, tinha sido alojamento do General Sherman quando ele foi enviado para Milledgeville em 1864. Por fim, fora comprada pela família Cline em 1886, sendo a casa do avô materno de Flannery, Peter Cline, que fora prefeito de Milledgeville por mais de vinte anos.
Milledgeville tinha uma pequenina comunidade católica, uma única igreja católica e nenhuma escola paroquial, e por este motivo Flannery foi matriculada na Peabody High School, onde se formou em 1942.
Quando Flannery estava com 15 anos seu pai falece em virtude de complicações relativas ao lúpus. Apesar disso, Flannery se formou pela Escola Secundária Peabody, onde atuava como editora de arte do jornal escolar. Logo após, entrou para Georgia State College for Women (Georgia College & State University) em um programa acelerado de três anos e se formou em Junho de 1945 em Ciências Sociais. Durante o período em que ela estudou no Georgia College, ela produziu uma quantidade significativa de trabalhos de desenho animado para o jornal estudantil já que era aficionada por desenhos, e na época bem mais que por literatura ainda que nessa época, ela também tenha escrito algumas histórias e ensaios. Como editora do jornal literário, The Corinthian, e como editora de arte de The Colonnade, o jornal estudantil ela monta a coleção O’Connor na Biblioteca de Ina Dillard Russel no Georgia College composta por uma série de desenhos animados.
Aos 17 anos, Flannery começa a estudar Literaturas. No entanto, ela questionava o futuro de uma mulher com um diploma de Letras em suas mãos: professora de línguas no ensino médio, o que não lhe atraía. Alguns de seus professores a incentivaram a inscrever-se em um programa de pós-graduação em jornalismo na Universidade de Lowa, o que ela fez. Flannery, então, conseguiu uma bolsa de estudos e foi pela primeira vez para a Geórgia. Após o início do curso, entretanto, Flannery decide mudar sua inscrição para a pós-graduação em Redação Criativa, uma disciplina, então, recente nos Estados Unidos. Foi nesse período que ela começou a escrever o seu primeiro romance, “Sangue Sábio” que levaria cerca de seis anos para concluir.
Aos 19 anos, com a boa aceitação de sua primeira história, “The Geranium”, publicada em Accent Magazine em 1946 e depois de ganhar o Rinehart-Iowa Fiction Award em 1947, ela foi indicada para um lugar em Yaddo, uma colônia de escritores localizada em Saratoga Springs, Nova York. Flannery foi aceita no que era um prestigiado Workshop de Escritores de Iowa na Universidade Estadual de Iowa. Foi após sua graduação que ela iniciou esse Workshop recebendo o diploma de Mestre em Belas Artes dessa instituição em 1947, aos 20 anos. Lá, ela conheceu vários escritores e críticos importantes que lecionaram ou ensinaram no programa, entre eles Robert Penn Warren, John Crowe Ransom, Robie Macauley, Austin Warren e Andrew Lytle. Lytle, foi um amigo de muitos anos, e era editor da Sewanee Review, ele foi um dos primeiros admiradores de sua ficção. Mais tarde, ele publicou várias histórias de Flannery no Sewanee Review, bem como ensaios críticos sobre seu trabalho. O diretor de uma das oficinas, Paul Engle, foi o primeiro a ler e comentar os rascunhos iniciais do que se tornaria Wise Blood.
E foi aos 20 anos que em um caderno de frases ela escreveu: ” Por favor, Deus, me ajude a ser uma boa escritora”.
Depois de terminar seus estudos em Lowa, Flannery viveu por um tempo em uma colônia de escritores, a Yaddo em Nova York. Um de seus amigos, o poeta Robert Lowell, a apresentou ao editor Robert Giroux. Também neste período, ele começou sua amizade com o poeta e tradutor Robert Fitzgerald e sua esposa. Ele viveu quase um ano com eles escrevendo em Connecticut na parte da manhã e ajudando a cuidar dos filhos do casal à noite. Robert e Sally Fitzgerald se tornaram amigos de toda a vida de Flannery e, após sua morte, executores literários dela. Durante o verão de 1948, Flannery continuava a trabalhar no Wise Blood ao mesmo tempo em que concluiu várias histórias curtas. Aos 21 anos, ela recebeu um convite da família Fitzgerald para morar definitivamente com eles em Connecticut, onde Flannery poderia estudar literaturas e ajudar ao casal de escritores com os filhos pequenos. Flannery ficou feliz com o convite pois estava incomodada com o clima em Yaddo em que comunistas se infiltravam e o FBI rondava além de festas regadas a álcool e drogas, coisas que ela como uma senhorita católica não concordava.
Aos 22 anos, Flannery já se encontrava instalada na casa dos Fitzgerald tendo um acordo de hóspede pagador em 1º de setembro de 1949. Durante cerca de um ano, lá era o endereço de Flannery, que teria continuado a ser não fosse sua saúde ter começado a ficar estranhamente debilitada. Ela começou a se sentir mal e cada vez estava pior. Em 1950, no trajeto para a casa de sua família, no recesso de natal, Flannery passou terrivelmente mal e foi levada às pressas para o Hospital de Atlanta. Flannery ficou gravemente doente tendo como suspeita uma doença grave no sangue que afetava os ossos das pernas, o que a obrigou a andar com muletas.
Aos 26 anos, Flannery foi diagnosticada como portadora de lúpus, a mesma doença que levara seu pai a morte cerca de 10 anos antes. Os médicos estavam pessimistas quanto a recuperação de Flannery e deram poucas esperanças a sua mãe talvez uns 4 ou 5 anos mais de vida apenas. Transfusões de sangue e doses altas de ACTH, naquele momento um medicamento experimental, ajudaram Flannery na regressão da doença. Sobre o lúpus, Flannery explicou certa vez o seguinte:
“Em um determinado sentido, a doença é um lugar mais instrutivo do que uma longa viagem à Europa.”
Após sua alta do hospital, ela se mudou para a Fazenda Andaluzia, a fazenda leiteira que sua mãe havia herdado de um irmão e que estava localizada perto de Milledgeville. Além de viagens ocasionais para conferências em faculdades e universidades, uma visita ocasional para visitar amigos, Flannery fez uma viagem a Lourdes, na França, por três semanas onde realizou uma peregrinação para banhar-se nas “águas milagrosas”. Chegou ainda a conseguir uma audiência com o Papa em 1958. Também realizou viagens a Notre Dame em 1962 e ao Smith College, em 1963, onde recebeu o diploma honorário de Doutoramento em Letras. Flannery passou a maior parte do resto da vida em Milledgeville e seus arredores. Sua mobilidade foi grandemente reduzida pelos estragos de sua doença e pelas altas doses de ACTH que ela tomava para manter a doença em regressão.
Flannery nunca se casou, mas teve dois namorados em sua juventude. O primeiro foi o também escritor e jornalista americano Robie Macauley, um de seus mentores e de quem foi amiga toda a vida. Teve também como namorado o vendedor livros didáticos da editora Harcourt Brace Erik Langkjaer, que lhe foi apresentado pela professora de história Helen Greeme. Segundo relatos de amigos, a professora acreditava que eles eram um par perfeito, porém Flannery não tinha esta sensação, e estava certa. Ela teria comentado que além de Erik não ser católico, não achava que seus sentimentos eram recíprocos. Após o rompimento, Flannery não teve mais contato com Erik, que teria lhe decepcionado não só por ter ido para a Suécia e se casado com outra, mas também por tê-la acusado de ser fria demais, em uma narrativa detalhada e horrível acerca de como era beijá-la. Contudo, Flannery lhe deu resposta à altura, transformando Erik em um de seus personagens. Ela transformou seu relacionamento com o vendedor em uma de suas histórias clássicas – Good Country People – onde um vendedor da Bíblias faz coisas imprevisíveis, e até mesmo ridículas.
Seu talento e brilhantismo estranhamente afugentavam os homens. Preferiu não se casar a fim de dedicar-se a sua carreira, mas também por achar que os homens eram perda de tempo. Relatos de pessoas próximas a Flannery constam que Robie tinha um compromisso com outra mulher, e que Flannery só ficou sabendo depois. E que a atitude de Erik lhe partira o coração; as duas situações teriam influenciado em sua decisão de não mais se envolver com outros homens. No entanto, têm-se notícias de que ela voltou a se apaixonar, porém manteve o relacionamento em um nível platônico e epistolar. O poeta Robert Lowell, que ela conhecera anos antes em Yaddo, e que foi recíproco aos seus sentimentos, ainda assim, não houve relacionamento amoroso, o que muitos consideram ter sido muito em razão de Flannery ter se tornado uma pessoa consideravelmente debilitada em razão do lúpus. Robert Lowell e Flannery se correspondiam muito por cartas e eram de fato muito amigos. Em uma das cartas Robert escreveu: “Flannery, eu te amo muito”, porém logo após acrescentou “Isso não é uma proposta de casamento, tenho mais o que fazer”. Os dois escritores se corresponderam até a morte de Flannery, contudo nunca foram realmente namorados.
Flannery passou seus últimos dias escrevendo cartas a Robert, trabalhando em seus livros e falando com pássaros. Ela chegou a costurar roupas para seus pavões e suas galinhas e os nomeou com nomes de pessoas famosas. Havia um, por exemplo, chamado Winston e dois galos chamados Haile e Adolph. Ela era apaixonada por aves, todas e inclusive as mais exóticas, sendo que admirava especialmente o pavão, que costumava chamar de “o rei das aves”. Ela era imaginativa ao extremo e gostava mesmo era de montar boas estórias.
Como escritora, Flannery costumava dizer que só começara a ler realmente quando entrou para a faculdade, quando também começou a escrever. Ela dizia:
“Quando entrei em Lowa nunca tinha ouvido falar de Faulkner, Kafka, Joyce, muito menos tê-los lido. Mas naquele momento eu comecei a ler tudo de uma vez, tanto assim que eu não acho que fui influenciada por um único autor “.
Um ponto bastante interessante é que o amor pela literatura e pelas artes jamais foi capaz de fazer com que Flannery questionasse sua fé em Deus, ao contrário. Todavia, ela reconhecia falhas nos seres humanos, na forma com que eles olhavam para si, para os outros e para a espiritualidade. Em uma carta a um amigo próximo ela disse:
“Uma das coisas terríveis para escrever quando você é um cristão é que para você a realidade suprema é a personificação, a realidade presente é a forma de realização, e não se crê na encarnação; ou seja, você não tem uma audiência. O público é composto por pessoas que acreditam que Deus está morto. Pelo menos eu tenho a consciência de escrever para essas pessoas.”
Os personagens de Flannery eram pessoas das mais comuns, as pessoas sem voz: trabalhadores africanos pobres, agricultores inquilinos poloneses, mães que ainda vivem com suas filhas adultas, pessoas com doenças incuráveis e misteriosas físicas ou psiquiátricas e loucos em geral. Flannery declarava que escrevia histórias perversas sim com o objetivo de chocar um mundo moralmente cego. Ela afirmava: “escrevo histórias para ouvir você gritar!”
Apesar das obras de Flannery centrarem-se bastante na realidade do sul norte-americano, ela conseguiu abordar várias situações humanas. E, tratou com pioneirismo o que mais tarde ficaria conhecido como personagem freak, ou o esquisitão ou o louco. Flannery chegou a mencionar uma vez que sua inclinação para escrever sobre esse tipo de gente tinha uma razão bem específica e com o humor que lhe era peculiar afirmou:
“Quando me perguntam por que os escritores do sul particularmente têm uma inclinação para escrever sobre loucos, digo que é porque ainda somos capazes de reconhecer um!”
Além disso, Flannery propôs visões literárias atípicas. Como a homérica “Um Golpe de Sorte” em que acompanhamos toda a vida de uma mulher enquanto ela sobe a escada para seu apartamento. Ou como em “Um homem bom é difícil de encontrar” onde ela “matou” mulheres como sua mãe, dedicadas e exageradas demais em perspectivas descritas com sarcasmo e muitos detalhes mórbidos, sórdidos, cheios humor e crueldade que sempre terminam de forma pateticamente trágica. Outro exemplo ímpar da peculiaridade de Flannery está em uma de suas personagens uma senhora de idade que por conta de uma série de palpites infelizes, põe a família cara a cara com uma quadrilha, e somente sob a mira da arma, ela experimenta sua única experiência emocionante. “Ela teria sido uma boa mulher”, diz o bandido, “se tivesse alguém pra dar um tiro nela a cada minuto de sua vida”.
Flannery tinha esse viés – ir do trágico ao cômico, mas não um cômico normal e sim um cômico ridículo. Em geral, seus personagens eram mesmo figuras estúpidas que são surpreendidas por acontecimentos inesperados e violentos. Esses incidentes os fazem pensar a presença de um mistério maior, embora sejam incapazes, por sua ignorância, de associá-lo a Deus e se entregar a isso. Por isso é que nas histórias de Flannery, quase sempre há esse personagem moralmente desajustado que, por meio de sua má ação, percebe a dor imanente à condição humana, como compreende o protagonista de “Salve Sua Própria Vida”: “o Sr. Shiflet sentiu que a podridão do mundo estava prestes a engoli-lo”. Essas situações são, igualmente, exploradas em “A Gente Boa da Roça” (mencionado acima) em que uma moça dotada de uma perna mecânica é ludibriada por um vendedor de Bíblias. Essa vertente para finais morais reflete a fé católica de Flannery que freqüentemente propõe análises para questões de morais e éticas, apontando para a transformação pessoal que é muitas vezes realizada através da dor, violência e do comportamento ridículo na busca do sagrado, ao que ela mesma comentou que: “a graça nos muda e a mudança é dolorosa”.
Como mulher Flannery era bastante discreta e muito católica. Todavia, isso não a impedia de ter um tipo de humor negro e bastante irônico. Era inteligentíssima, observadora e incisiva em seus comentários. Sua grande inspiração, apesar de tudo, foi sua mãe. A mãe de Flannery era uma empresária muito competente, e ao mesmo tempo, uma mulher dedicada à família. Cuidou do marido com lúpus até ele falecer, e fez o mesmo com a filha. Era ela quem ajudava a filha em suas atividades do dia-a-dia e dirigia inclusive para as missas diárias que Flannery fazia questão de assistir. Quanto à inspiração para as personagens, e o fato de usar a imagem de mulheres como sua mãe em suas obras, de um modo negativo, ela chegou a mencionar que isso não era um problema para sua mãe, pois sua mãe não lia suas histórias porque as achava muito deprimentes.
Sobre ela mesma, Flannery comentou que se achava uma criança esquisita fisicamente, que de alguma forma tinha uma cara que lembrava a de um pombo com um queixo recuado e um maxilar protuberante; e que ela tinha uma expressão de “me deixe quieta ou eu te mordo!”.
Para os amigos, ela era uma mulher simples e amorosa dotada de um rosto agradável e sereno. Muito pacata e hospitaleira. Era a senhorita que se via, sorridente demais, de camisa xadrex e calça jeans, tomando limonada, sentada na varanda, com suas muletas, olhando os pássaros e escrevendo.
Ao longo de sua vida, Flannery manteve uma ampla correspondência, incluindo os escritores Robert Lowell e Elizabeth Bishop, o professor de inglês Samuel Ashley Brown e o dramaturgo Maryat Lee.
Flannery viveu doze anos após ser diagnosticada portadora de lúpus, sete anos a mais do que a previsão médica. Apesar das reações adversas causadas pela medicação usada para tratar o lúpus, ela se mantinha ativa com uma rotina diária que incluía uma escala para escrever e para palestrar ou realizar leituras de suas obras. O diagnóstico de lúpus mudou sua vida e ela abandonou os planos de viver no norte e voltou para a Geórgia instalando-se na casa de sua mãe.
Sempre assistida por sua mãe, ela costumava passar as horas da manhã a escrever enquanto as tardes eram ocupadas pintando, lendo, cuidando seus rebanhos de pavões, gansos e galinhas e respondendo a uma volumosa correspondência que recebia de amigos e fãs. Apesar de sua vida isolada, sua escrita revela uma compreensão estranha das nuances do comportamento humano. Flannery deu muitas palestras sobre fé e literatura, viajando bastante longe, apesar da sua frágil saúde.
Aos 39 anos, no Baldwin County Hospital, Flannery
faleceu em razão de complicações após uma cirurgia para retirada de um fibroma,
um tumor benigno, cirurgia que reativou o lúpus
do qual morreu 6 meses depois.
Ao todo, Flannery escreveu duas novelas e trinta e duas histórias curtas, bem como uma série de ensaios e cartas e foi indicada a premiações por suas obras, dentre elas o Prêmio Nacional de Livros de ficção de 1972 dos Estados Unidos e, em uma pesquisa online em 2009, tendo um de seus livros nomeado o melhor livro que já ganhou os National Book Awards. Além disso, ganhou uma versão cinematográfica esplêndida para Sangue Sábio, do cineasta John Houston com trilha sonora do compositor Alex North.
Em junho de 2015, o Serviço Postal dos Estados Unidos honrou Flannery com um selo postal, a 30ª edição da série de artes literárias.
Desde 1983 é realizado anualmente pela University of Georgia Press o Prêmio Flannery O’Connor para Ficção Curta. Em homenagem a Flannery ainda foram criados: O Flannery O’Connor Book Trail que é uma série de livrarias que se estende entre as casas de Flannery em Savannah e Milledgeville; e o Flannery O’Connor Childhood Home que é um museu histórico da casa em Savannah, na Geórgia, onde Flannery viveu durante a infância, e que além de servir como museu, realiza eventos literários.
Uma vida tão rica e tão cheia de determinação, fé e coragem como a de Flannery O´Connor só tem a inspirar a todas as mulheres e a todos os portadores de lúpus. Flannery é uma escritora lamentavelmente esquecida pelos professores que, todavia, deveria estar no topo das listas bibliográficas das universidades de Liberal Arts (Letras) e Creative Writer (Redação Criativa) pelo menos! Flannery nos transmite tanto valor com sua obra e sua vida que não existe a menor possibilidade de passar a vida sem nunca ter lido um livro seu.
Crédito da imagem: Catholic Reads