
Além de delicioso, o chocolate é definitivamente um alimento benéfico. Estudos realizados em renomadas universidades como a de Harvard, nos Estados Unidos, comprovaram que o fruto, o cacau, possui muitas propriedades que melhoram a saúde em termos gerais; isso porque n cacau há um antioxidante denominado flavonóide que combate uma série de problemas de saúde por ter uma ação positiva no funcionamento da circulação sanguínea, e este fator, por si só, já evita enfermidades. Também, a endorfina, conhecido como “hormônio da felicidade” está presente no fruto e é apontado como forte remédio contra depressão e impotência sexual. Por fim, pesquisas efetuadas nos Estados Unidos e Europa, sobretudo na Holanda, constataram ainda que o cacau combate problemas relacionados ao mau colesterol alto, obesidade, diabetes, hipertensão e até câncer. Importante frisar que é a alta quantidade de cacau que promove tais efeitos, e não exatamente o que chamamos chocolate. Assim, um chocolate com mais de 60% de cacau é o que faz toda a diferença em nosso organismo. Quanto mais teor de cacau, melhor para a saúde. Por esta razão é que afirmamos que chocalate meio amargo, amargo, dark, super dark e 100% cacau são os que funcionam “as pílulas da longevidade”.
É de conhecimento mundial que o cacau é um verdadeiro tesouro para a humanidade. A bebida produzida a partir do cacau, por exemplo, é de consumo milenar e os astecas consideravam o chocolate um alimento sagrado já que uma vez consumido “causava efeitos mágicos”: as pessoas tornavam-se saudáveis, calmas, produtivas, bem-humoradas, muito bem dispostas, longevas e até mais afetuosas. Conta-se que o Imperador Montezuma, do Império Asteca, declarava que o cacau era além de sagrado, seu fruto favorito.
A história do chocolate que remonta a pelo menos 1.500 a.C. é, sem dúvida, fascinante. Este fruto de origem americana, segundo investigações científicas da América do Sul, tinha a fama de “fruto dos deuses”, chegou a virar moeda. Os maias, antes mesmos dos astecas já utilizavam o fruto, que parece ter chegado a América Central por meio de nômades e viajantes na forma de sementes. Na era maia, já por volta de 900 d.C., o fruto era ofertado aos deuses. Somente após algum tempo é que a semente passou a ser secada, tostada e moída. A partir daí iniciaram-se as experiências culinárias ao se processar e fermentar a semente, misturar com água, farinha de milho e até pimenta! Em 1400 d.C. os astecas conseguem criar uma bebida somente consumida pelos nobres do reino que consistia na semente seca moída, tostada, fermentada, misturada a água e adoçada com mel e/ou com especiarias sendo batizada de cacauhatl (água de cacau) e xocoatl (água amarga).
Somente após 1500 d.C., aproximadamente por volta de 1513 é que os espanhóis descobriram o cacau, que já era uma moeda entre maias e astecas desde 1502 mais ou menos. Segundo relatos históricos, foi o espanhol Fernando de Oviedo y Valdez o primeiro a comprar cacau, enquanto moeda de troca mesmo e em 1521 o primeiro navio espanhol carregado de cacau em sementes partiu rumo à Espanha, onde o mel foi substituído pelo açúcar.
Por toda sua história e desenvolvimento, o cacau e consequentemente o chocolate é conhecido até hoje como “o fruto dos astecas”.
O mais fascinante sobre o chocolate é que ele não parou no tempo. Não apenas evoluiu em diversidade e combinações, como também é foco de estudos como supramencionado. Vamos conferir alguns:
Chocolate no combate ao Alzheimer
Pesquisadores dos centros de saúde, nutrição, nutrologia, biologia alimentar, frutologia e engenharia química e alimentar têm investigado a fundo, até mesmo com pesquisas no DNA do cacau enquanto fruto, quais seriam os benefícios efetivos da ingestão do cacau e quais quantidades seriam recomendadas.
Universidades italianas têm se dedicado exclusivamente a isso e os resultados obtidos são que o consumo do cacau promove:
– Melhor concentração e foco;
– Aprimora o raciocínio, sobretudo o lógico;
– Apura percepção, linguagem e a memória;
– Acelera a capacidade cognitiva e a capacidade de fazer associações.
Tudo isso, segundo os pesquisadores, contribuiria para o não desenvolvimento do mal de Alzheimer e para a manutenção das funções cerebrais e o que naturalmente reduziria a isquemia cerebral, o aumento da pressão arterial e os infartos.
De acordo com trabalhos desenvolvidos no Alzheimer´s Society o consumo diário de cacau, na forma de dois copos de chocolate amargo quente, por exemplo, ou 10g de chocolate com 80% de teor de cacau melhoraria consideravelmente o fluxo de sangue no cérebro, notadamente na região responsável pela memória.
Chocolate: alergia e intolerância
No início da história do chocolate não havia relatos acerca de alergia ou intolerância ao fruto do cacaueiro. No entanto, não havia também a adição do leite a qualquer tipo de preparo referente ao cacau. O chocolate original continha minimamente a adição de água, mel e especiarias. Leite não. Por esta razão é que se acredita que os casos de alergia e intolerância relacionadas ao consumo do chocolate pode estar ligado não ao chocolate em si e sim a algum componente modernamente incluído como o leite, principalmente o carboidrato nele contido: a lactose.
Melhorando a insulina
Em uma das edições do Journal of Nutritional Biochemistry, a Universidade Brigham Young, dos Estados Unidos apresentou dados que demonstram que a ingestão do cacau poderia melhorar a resistência à insulina. O responsável por tal estudo, realizado com o apoio de Virginia Tech, é Jeffrey Tessem, professor assistente de nutrição, dietética e ciência alimentar da BYU, e contou com a participação de uma equipe da BYU composta por estudantes de graduação e pós-graduação e utilizando os espaços dos laboratórios do Professores da BYU Jeffrey Tessem, Ben Bikman e Jason Hansen (estes dois últimos professores de fisiologia e biologia do desenvolvimento, respectivamente).
A cada ano mais e mais pesquisas são realizadas a fim de descobrir mais benefícios sobre esse “fruto dos deuses”. Uma coisa deve ser assinalada: o consumo deve ser equilibrado e os benefícios estão no cacau em si e não exatamente nos “compostos” que adquirimos nas lojas…
Créditos da imagem: Chocolate Pro. BR