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Mistérios do mundo: continentes, cidades submersas e energia azul

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No início de tudo havia um só continente – Pangeia (Pangea) – que após alguns anos se separou em duas partes, formando dois grandes continentes: Laurasia e Gondwana. Em um desses continentes – Gondwana – a África e o Brasil estavam lado a lado, grudados, tal qual irmãos siameses. Ao longo dos séculos em virtude de, segundo os cientistas, movimentação de placas tectônicas, Gondwana fragmentou-se e o Brasil e a África separaram-se.

Estudiosos argumentam que uma prova cabal disto é que o mapa da África encaixa-se perfeitamente no mapa do Brasil e, de fato, formaria um único lugar. Dezenas de fotos aéreas foram feitas a fim de comprovar o dado que além de geográfico e geológico é, com certeza, histórico; corroborados também por semelhanças em formações rochosas, fauna e flora e até mesmo de fósseis que foram encontrados no Brasil e no continente africano. Como parte do debate, foi realizado levantamento de que o nordeste brasileiro (especialmente a Paraíba) é a região que fica mais perto da África (aproximadamente a 2.800 quilômetros do noroeste da África). Apesar da controvérsia sobre a possível separação de Brasil e África, a suposta separação continental rende muito, muito mais diálogos e pesquisas, e a era dos dinossauros sempre vem à tona. Não apenas ela. Estudos sobre Pangeia e suas divisões levam historiadores e cientistas até Atlântida, e logicamente, aos debates sobre as cidades perdidas. Para falar sobre isso, é preciso falar especificamente de oceanos. Porque afinal Atlântida tem muito ou tudo a ver com o Oceano Atlântico. E, para estudiosos da Eubiose, por exemplo, tem a ver com o início do mundo, início mesmo, bem antes de Adão…

O nosso planeta se chama Terra, mas curiosamente possui mais água do que solo e a maior parte da hidrosfera dele é composta por oceanos, que não são nem verdes nem azuis e sim incolores, e constituem grandes extensões de águas salgadas, sendo considerados os verdadeiros pulmões do planeta e que apresentam fenômenos próprios como tsunamis, maremotos, ondas, marés, correntes e vórtices. Desde o ano 2000, os oceanos são catalogados pela IHO (International Hydrographic Organization) em:

Oceano Antártico;

Oceano Ártico;

Oceano Atlântico;

Oceano Índico;

Oceano Pacífico.

O Pacífico é considerado o maior dos oceanos e o único que detém o Pólo Oceânico de inacessibilidade (Ponto Nemo), os dois primeiros são alvo de controvérsia acadêmica já que muitos pesquisadores os consideram como meras extensões dos outros três.

O Atlântico, por sua vez, é sempre citado quando o tema é a cidade submersa de Atlântida, como eu comentei anteriormente. Exatamente, aquela cidade lendária e mítica, que pode ter sido até mesmo um continente. Atlântida ou Atlantis, no entanto, não é a única a ostentar o título de cidade submersa, segundo alguns estudos, existem dezenas de cidades que foram “engolidas” ou completamente cobertas por oceanos, mares, rios ou lagos.

Algumas cidades submersas…

Alexandria (Egito);

Atlit-Yam (Israel);

Baiae/ Campania (Portus Julius, Itália);

Canopus (Egito);

Dwaraka (Golfo de Cambay,Índia) ;

Fanagoria (Fanagoria);

Heracleion/ Thonis (Reino perdido de Cleópatra, Egito);

Olous (Grécia);

Pavlopetri (Baía de Vatika, Grécia);

Petrolândia (Brasil);

Pheia (Baía de Agios Andreas, Katakolo, Grécia);

Phinagoria (Rússia/Grécia);

Port Royal (Jamaica);

Rummu (Estônia);

Sac Actún (Tulum, Riviera Maia, México);

Shi Cheng (Cidade Leão- China);

Wanaku (Lago Titicaca, Bolívia e Peru);

Yonaguni (Yonaguni – Jima, Japão).

São inúmeros os estudos acerca das cidades perdidas e submersas, boa parte deles efetuado por arqueólogos, geólogos e mergulhadores peritos em hidrografia, parte da geografia física que estuda as águas do planeta. O estudo específico dos oceanos é realizado pela Oceanografia, ciência que investiga os oceanos e divide-se em muitas áreas tais como oceanografia biológica, oceanografia geológica, oceanografia física, oceanografia social, paleoceanografia, ecotoxicologia e biogeoquímica marinha.

O oceano é realmente fascinante, tanto que a quantidade de espécies em suas profundezas é tão gigantesca que até hoje ainda não foi possível identificar tampouco classificar todas. Todos os dias, cientistas tentam explorar um pouco mais este universo tão rico e de difícil acesso. Ao que se sabe, o mundo oceânico tem aspectos bastante peculiares como desertos marinhos, fossas, plataformas, abismos, falésias, erosão, vulcões, vários minérios, muito ouro, rios, lagos e até cachoeiras (foram mapeadas pelo menos 7 cachoeiras subaquáticas. A Cascata do Estreito da Dinamarca, por exemplo, é reconhecida como a maior queda d´água do mundo). Os demais corpos de águas salgadas do mundo por serem menores que os oceanos são denominados como golfos, estreitos ou mares.

Uma das grandes dificuldades na exploração do mundo submarino é, além das profundidades, as marés. As águas do planeta sofrem a influência do sol e, principalmente, da lua. A movimentação das marés varia de acordo com a força gravitacional e isso altera o nível das águas. Essa movimentação cíclica de subidas e descidas das águas é algo tão importante que é possível gerar uma energia potencial denominada energia maremotriz, que foi muito utilizada em séculos passados para a movimentação dos moinhos. Também, das águas dos oceanos, mares e rios é possível obter a chamada energia azul, considerada a “energia do futuro”, uma energia renovável, que ainda está em estudo. Mas há uma outra energia renovável que funciona há anos: a energia hidráulica.

Quanto à energia azul, ela é uma realidade e, muitos países, especialmente os monárquicos como a Noruega, o Canadá e a Austrália, já desenvolvem investigações, projetos e iniciativas a este respeito. A importância está em que além de mais favorável ao meio ambiente, é renovável e mais barata. Em tempos de transição energética, a energia azul é algo definitivamente promissor.

Sobre energia hidráulica e maremotriz leia nossa matéria anterior:

Monjolo: a água como força motriz

Para saber mais sobre a Energia Azul (Blue Energy) acesse o site da Sociedade Eletroquímica:

The Electrochemical Society

Crédito da imagem: Mega Curioso

Clarissa Xavier

A professora é voluntária e colabora com artigos nas áreas de educação e estudos religiosos para periódico e livros do Grupo Duna.

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