
Toda criança tem o direito de ter uma família, uma família saudável, afetuosa e que seja um excelente exemplo para ela. O preâmbulo da Convenção sobre os Direitos da Criança e seus protocolos assinala os princípios básicos das Nações Unidas e disposições específicas de certos tratados e proclamações relevantes para os Direitos Humanos; em que ressalta-se o fato de que as crianças, devido à sua vulnerabilidade, necessitam de cuidados e proteção especiais, enfatizando justamente o cuidado e a proteção da família em relação ao infante. Os casos das crianças que, por qualquer motivo, encontrem-se desprovidas de família são tratados pelos artigos 20 e 21.
Porque, afinal, família é tão importante a ponto de ser um direito garantido?
A família tem uma importância não só biológica, mas também histórica, antropológica, sociológica e até mesmo filosófica. A família é o alicerce do individuo em toda a sua integridade física, mental e emocional. É, ainda, o lugar da primeira educação e forma um núcleo basilar: é a primeira associação a que se pertence.
Como um primeiro grupo de relacionamento humano e interação social é nele que o ser aprende noções básicas puramente filosóficas sobre convivência com outros, respeito, cooperação, solidariedade, altruísmo, tolerância; entre outros valores essenciais para sua sobrevivência pacífica onde quer que esteja. É ali, nessa pequenina célula social que se aprende o certo e o errado, e o bem e o mal.
O primeiro problema que surge, no entanto, é que no tocante à formação da família: por falta de conhecimento e instrução, muitas pessoas não compreendem porque é importante constituir uma família; outras constituem família sem ter a menor idéia do que significa união tampouco do poder que têm enquanto dinastia. Também desconhecem sobre como realmente manter uma família, a maior parte das pessoas acredita que manter a família é uma questão meramente financeira de prover alimento material (corpo físico), esquecendo-se do alimento emocional (alma) e do alimento espiritual (espírito).
Ética, moral, bons costumes, civismo e nacionalismo são princípios e virtudes que se aprende ou se deveria aprender dentro de cada casa desde a mais tenra idade, pois são norteadores de conduta. Se não são apreendidos na infância, época em que a personalidade e o discernimento são moldados, as pessoas desenvolvem-se a partir de hábitos inadequados, absurdamente impróprios e crendo ser normais comportamentos que não são como os comportamentos belicosos, desrespeitosos, pervertidos e corruptos. E assim, um rastro dos mais terríveis vícios é o único legado possível. E como todo vício leva à destruição, famílias inteiras vêm sendo assoladas e exterminadas todos os dias, sem perspectivas, sem esperanças e sem sonhos, completamente desacreditadas e miseráveis em todos os sentidos.
Um século poderoso tecnologicamente convive com o tempo de maior pobreza familiar: crianças abandonadas, jovens dependentes de álcool e narcóticos, mulheres desprovidas de auto-estima e homens agressivos.
O que aconteceu com as famílias? Família… Aquele lugar de amor, abraços, beijos, risos, comunhão… Lugar de ser feliz… Onde foi parar esse lugar celestial?
Sem a família perde-se o chão. Sem família nada somos, nem nós nem nosso país. Todos perdem.
Para reconstruir uma nação é preciso reconstruir a família.
Como?
Com educação em primeiro lugar!
É preciso começar do zero, e principalmente é preciso acreditar que é possível!!
Criança sadia é criança que tem família!
“Reconhecendo que a criança, para o desenvolvimento pleno e harmonioso da sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, numa atmosfera de felicidade, amor e compreensão (…)
Deve ser concedido o direito à sobrevivência; desenvolver ao máximo;
à proteção contra influências prejudiciais, abuso e exploração; e participar plenamente da vida familiar, cultural e social”.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Acesse ao PDF da Unicef sobre o direito de ter uma família e ser cuidado em todas as situações da vida. Clique aqui.
Clique no título abaixo para ler documento do Vaticano que versa sobre o tema:
Leia meu artigo sobre o analfabetismo moral e ético clicando no título abaixo: