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Os direitos da criança: o direito de brincar

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De acordo com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) toda criança tem direito ao lazer. Aliás, são 10 os direitos fundamentais da criança:

  1. Princípio I: Direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
  2. Princípio II: Direito à especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
  3. Princípio III: Direito a um nome e a uma nacionalidade.
  4. Princípio IV: Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
  5. Princípio V: Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
  6. Princípio VI: Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
  7. Princípio VII: Direito à educação gratuita e ao lazer infantil.
  8. Princípio VIII: Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
  9. Princípio IX: Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
  10. Princípio X: Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

Lazer infantil é brincar, e brincar é toda ação realizada com o intuito de diversão e entretenimento. Pode ter um objetivo desportivo ou educativo e é uma forma de comunicação e expressão relacionada ao bem-estar físico e mental.

Brincar além de descontrair e relaxar o corpo e a mente ainda promove uma lista quase que infinita de benefícios. O ato de brincar, a brincadeira, desenvolve conexões das mais complexas em nosso cérebro, que passa a compreender o mundo de forma estruturada, regrada e estratégica. É na brincadeira que se entende que para todas as coisas da vida há normas, e ter noção do que significa um ou mais movimentos, possíveis ou necessários, seja um movimento físico ou um movimento mental (de raciocínio) ou ambos, seguidas ou repetidas vezes; e se há ou não conseqüências (ação e reação).

A brincadeira incentiva o diálogo e o respeito, assinalando que todos somos diferentes e imperfeitos, contudo temos nossos talentos e acertos; e que quando trabalhamos juntos somos um só corpo, isto é, que um trabalho em equipe é mais eficiente que um trabalho individual, no ditado popular “duas cabeças pensam melhor do que uma”.

Outro fator primordial na brincadeira é a presença da ludicidade. O aspecto inocente, despretensioso e descompromissado do ato de brincar nos leva a crer que se trate de mero elemento de distração e passatempo. Todavia, é fonte inesgotável de criação, imaginação, fantasia, expressão de emoções e liberdade criativa.

A brincadeira envolve desenvolvimento dos processos de coordenação sensório-motora, conexões neurais, raciocínio lógico, concentração, descoberta de habilidades, exploração e pensamento científico-investigativo. É uma experiência única de tentativa e erro, equilíbrio e conflito, afirmação e negação, realidade e ficção. É uma simulação, uma reconstituição das experiências adquiridas e das vivências testemunhadas onde a interação e a socialização estão fortemente presentes.

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Clarissa Xavier

A professora é voluntária e colabora com artigos nas áreas de educação e estudos religiosos para periódico e livros do Grupo Duna.

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