A Escrita Criativa (Creative Writing) tem se consolidado como nova área de atuação profissional, muito promissora e bastante completa, abarcando todo o campo de comunicação escrita (línguas, literaturas, mitologias, História, composição musical, tradução, criação literária, crítica literária, crítica textual, estudos literários e as escritas jornalística, científica e profissional), o que inclui, naturalmente, toda a escrita literária (poesia, conto, novela, romance, crônica, drama, ficção, biografia, auto-ajuda, roteiros, gêneros híbridos e até slogan).
Escrita Criativa é uma disciplina na universidade em que a Ciência da Literatura é tratada como modalidade artística, interdisciplinar com as áreas de Ciências da Linguagem, Ciências Lingüísticas, Ciências Literárias, Ciência Gramatical e Formação de Escritores, contendo laboratórios e oficinas de artes. As disciplinas desta cadeira enfatizam textos acadêmicos e tradições de escritas poéticas, integrando-as à outras escritas como cinema, dramaturgia, composição musical, tratados filosóficos, jornalismo e publicidade; e os alunos são ensinados sobre como usar o ambiente acadêmico para fomentar linguagem, imaginação e criatividade ao mesmo tempo em que aperfeiçoam técnicas de inovação e tecnologias para fins de linguagem escrita. As técnicas para escritas de textos especializados como os dos gêneros de crime e terror são estudados particularmente para administração psico-emocional e expressão de sentimentos e da livre imaginação, como forma de contribuição para a saúde mental, emocional e até mesmo física (expressão oral e corporal). Geração e organização de idéias, habilidades mentais, improvisação, edição, gestão de criatividade, pesquisa, regras de linguagem, argumentação, retórica, elaboração de obras, clube de leitura e práticas em solução de problemas são algumas das dinâmicas que os estudantes têm em sala de aula. Ademais, os alunos são incentivados a se envolver em atividades extracurriculares ligadas à área da escrita como clubes editoriais, revistas literárias ou jornais locais, concursos de leitura e/ ou redação, colônias ou congressos sobre escrita e aulas de educação lingüística.
O primeiro registro da matéria data de 1880, porém foi só em 1970 sob título de Redação Criativa que, no Reino Unido, a disciplina tomou forma como um programa parte do Mestrado em Artes da Universidade de East Anglia. Posteriormente, a matéria foi gradativamente aparecendo em universidades como parte dos cursos de bacharelado em Artes Liberais (Letras, Tradução) e Fine Arts (Artes Estéticas, Belas Artes), em nível tanto de Mestrado quanto de Doutorado, com intuito de unir escrita e arte. Em vários países o curso é vinculado à Residência (ou Colônia) para Escritores, o que é uma atividade de muito prestígio já que grandes nomes da literatura passam por lá. A disciplina, no entanto, envolve uma polêmica acadêmica antiga já que para alguns estudiosos a criatividade é uma virtude, um dom nato, e não poderia, portanto, ser ensinada/aprendida por estar intrinsecamente ligada ao coeficiente de inteligência; para outros a criatividade é uma assinatura (matéria) como qualquer outra e, desta maneira, poderia sim ser ensinada/ aprendida, estando muito mais ligada ao incentivo e ao estímulo do que exatamente à inteligência. Seja como for, vale ressaltar que a criatividade tem sido considerada o grande diferencial de um profissional qualquer que seja seu campo de atuação.
Escritores Criativos são considerados profissionais completos uma vez que são dotados de impressionante versatilidade. Muito ecléticos e diligentes eles não apenas são capazes de escrever sobre qualquer coisa em qualquer lugar como também possuem alto potencial para inovações, apresentando geralmente uma personalidade visionária e brilhante: apontam para o futuro tecendo uma verdadeira rede de conexões com o passado, o que permite a construção de possibilidades totalmente inéditas e autênticas. Normalmente, eles têm conhecimento de vários idiomas e várias tradições literárias, têm bons conhecimentos das artes estéticas, especialmente música clássica; sendo leitores assíduos dos grandes nomes das literaturas clássicas e versados em temas político-filosóficos e da História mundial.
Atualmente, a cadeira Escrita Criativa é oferecida como graduação ou pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) em vários países do mundo sob a coordenação de professores que, na maioria das vezes, são escritores ou tradutores.
No Brasil, a Escrita Criativa chegou recentemente e vem sendo oferecida em duas universidades (São Paulo e Rio Grande do Sul) e na forma de workshops em Londrina e no Rio de Janeiro.
São algumas áreas de atuação do Escritor Criativo:
Agente literário
Assessor de imprensa
Assistente editorial
Cineasta
Colunista
Compositor
Cronista
Dramaturgo
Editor
Escritor
Gerenciador de conteúdo da web
Gerente de mídia social
Gestor de comunicação
Jornalista
Lexicógrafo
Lingüista
Palestrante
Periodista
Poeta
Professor
Profissional de Marketing
Redator (inclusive publicitário)
Relações públicas
Roteirista
Tradutor
Assista aos vídeos abaixo para saber um pouco mais sobre esta fascinante área!
Palestras de Stephen King sobre Creative Writing
Curso da Penguin Random House
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