
Observamos que cada dia mais, as mídias sociais tomam um vulto interessante e bastante útil. Terminamos de passar por uma grande prova de fogo das mídias sociais nas campanhas eleitorais, verificamos como elas foram atuantes e presentes, sendo inclusive de relevância para a vitória do presidenciável Jair Bolsonaro. Isso é cultura.
A Cultura está muito acima do que se possa imaginar nossa vã filosofia. Conforme está escrito na Internet:
“Cultura (do latim cultura) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente, especialmente na antropologia, a definição genérica formulada por Edward B. Tylor segundo a qual cultura é “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. – Wikipedia”
Dessa forma, temos a Cultura como algo amplo e que apresenta esse amalgama de tendências, dai, observarmos que muitas vezes fazemos críticas à determinadas “amostras de Cultura”, dizendo, inclusive, que aquilo não é Cultura.
Podemos dar como exemplo básico o FUNK. Eu não gosto, detesto, meus ouvidos reclamam, por que a MINHA CULTURA não se remete a esse tipo de opção musical, mas, uma criança que desde sua tenra idade tenha sido criado num ambiente onde FUNK é a uma forma musical de ser apresentada… Aquilo não é cultura para ela? Eu sou uma pessoa católica, não dá para aceitar que o QUEERMUSEU seja algo cultural, mas, é uma expressão artística, DO MEU PONTO DE VISTA, doentia e pervertida, mas, para muitos é uma forma de arte e como tal para eles é CULTURAL.
Como já disse à muitas pessoas, ando revendo meus conceitos, meus pensamentos e visões, claro, nem por isso vou passar a ser fã de Anitta ou Pablo Vittar e buscar correr para ver uma exposição ao “Baixo” nível (destaque do autor, claro) da Queermuseu. Mas, para muitos tenho de aceitar que isso é cultura.
E ai podem me perguntar: E o que devemos fazer? NADA. Bom, no caso do Queermuseu eu tenho apenas uma restrição… Deveria ser um evento de arte para maiores de 18 anos sem direito de entrada de menores mesmo que acompanhado de seus irresponsáveis pais, na minha humilde visão quem leva crianças a uma aberração dessas é um irresponsável, mas, tenho de confessar, na década de 70/80 eu ia a filmes Pornôs nos cinemas que exibiam… É!!! Durante o Governo, “dito Ditadura”, Militar, existiam cinemas onde filmes pornôs eram passados livremente e nesse tempo os cinemas não eram como hoje que você vê uma sessão e tem de sair do cinema. Quantas vezes via um filme duas vezes seguido. (recordo do lançamento de GUERRA NAS ESTRELAS, Cine Odeon, na Cinelândia… Vi Três sessões seguidas, até hoje sou fã da série. Voltando então ao filme Pornô, eu era um pervertido? Tornei-me um ser abjeto, um pária da sociedade, um pervertedor de mentes e almas? Nunca levei ninguém à ir comigo ver, era MINHA OPÇÃO VER, ERA MEU DESEJO VER, e assim fazia. Hoje não perco mais meu tempo com isso, prefiro ver numa tacada só, a trilogia O HOBBIT e emendar na trilogia SENHOR DOS ANÉIS e chorar no final ao ver a coroação de Aragorn e seu encontro com Arwen Undómiel selado com um beijo amoroso e toda Gondor se ajoelhar diante de Meriadoc, Peregrin, Sanwise e Frodo, bem como a despedida de Bilbo, Gandalf e Frodo do restante da Sociedade do Anel.
Isso que quero dizer é apenas uma observação sobre o que é CULTURA. Se não difundirmos todo tipo de cultura, as pessoas vão apenas ver aquilo que lhes é apresentado. Sou um apaixonado pela cultura do nosso país. Nosso Folclore, nossas tradições, nossas danças e músicas regionais, comidas típicas, em fim, tudo aquilo que nos remete a nossas raízes, mas, sou apaixonado pela cultura de outros povos também, mas, nem por isso sou apaixonado por Touradas, acho uma barbaridade, mas, faz parte da cultura hispânica, e o que vou falar.
Fecho esse meu artigo apenas com um senão. Como disse, tudo pode ser cultura, mas, não podemos sofrer lavagem cerebral de que esse ou aquele tipo de arte TEM DE SER ACEITO, minhas questões são com relação ao que setenta IMPOR, pois, ao tentar impor algum tipo de expressão artística com modelo, como CULTURAS estão esbarrando num conceito ainda maior que a CULTURA, o conceito do GOSTO, da ACEITAÇÃO, da LIVRE EXPRESSÃO, da LIBERDADE DE ESCOLHAS.
Quer colocar o QUEERMUSEU, o FUNK, as paradas Gays, os filme pornôs, como cultura, entendam que estarão agradando a uma parcela da população e desagradando outra parcela. O ruim disso tudo, que temos observado é, que só se tem sido imposto pelos que tem esse papel, ou seja, a classe política, coisas que chocam a todos e levam a discussão sobre assuntos polêmicos que extrapolam a cultura e que passam pelo nosso viver, como Ideologia de Gênero, Casamento Gay, Imposições de heróis defensores de segmentos, aqui no caso, sou bem claro, a figura de Zumbi, que me incomoda, visto haver outros negros mais importantes que esse senhor que viveu em Palmares como na África, escravizando seus adversários e assassino de seu tio para tomar o poder do Quilombo.
A Cultura do Brasil está doente, realmente doente, e como afirmo isso? No momento em que numa festa Junina, o que se toca é FUNK, e não mais as tradicionais musicas “caipiras de quadrilha”, quando temos grandes festas em escolas sobre Halloween e se institui um dia do SACI, esquecendo-se do Boitatá, da Curupira, do Boto Cor de Rosa, do Negrinho do Pastoreio (esse inclusive teria de ser chamado de Pequeno Afrodescendente do Pastoreio, para evitar problemas com a Comunidade Afro Descendente e a crise de mimimismo ao chamar alguém de pele escura de NEGRINHO), Iara, personagens que com certeza, muitas de nossas crianças nem sabem o que é.
Pobre Cultura, um ser doente, com um Ministério Doente e decadente, onde, a maior de suas leis de incentivo só favorece a quem não precisa, ou seja, a artistas que vendem ingresso para suas apresentações, e onde um pequeno escritor, ou uma trupe de artistas novatos não conseguiriam passar pelos entraves burocráticos para conseguir uns caraminguás para bancar suas apresentações, mas, Globais da música ou do teatro conseguem, movimentando milhões, para uma subcultura que eu não pagaria nem um centavo.
Fica aqui minha crítica ao que se tornou a cultura no nosso Brasil.
Mas, ainda assim FELIZ DIA DA CULTURA E DO CINEMA NACIONAL, pois, sou um eterno sonhador, que um dia as crianças, vão continuar a gostar da batida do Funk, mas, quem sabe também, da batida de “Trenzinho Caipira” de Villa Lobos.
Rio 05/11/2018
Luiz Gustavo Chrispino