Política

Resumo do primeiro ano de governo Trump

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O 45º presidente dos Estados Unidos completou no sábado (20) o seu primeiro ano no poder.

Desde o início de 2017, a eleição de Donald Trump à presidência foi bem polêmica. Em uma época em que o conservadorismo perde espaço, é compreensível que um presidente compromissado com essa filosofia política de governo não seja bem recebido. Vários protestos foram feitos em resposta ao novo governante. Mas como foi seu desempenho no cargo da presidência? Vejamos seus esforços e resultados.

Principais posicionamentos de Trump

Controle de imigração

Ele reduziu a entrada de imigrantes. Em 25 de janeiro de 2017, no mesmo mês de sua posse à presidência, ele aprovou a restrição de imigrantes com origem síria (como Iraque, a própria Síria, Líbia, Somália, Irã, Iêmen e Sudão) por 120 dias. O ato foi justificado como uma medida de segurança para evitar a entrada de terroristas no território americano. Logo depois, Trump cogitou construir um muro entre a fronteira do México com os EUA, no entanto, o Congresso não aprovou a iniciativa ainda que o país tenha a maior taxa de imigração do mundo. Nesta linha de raciocínio, vale ressaltar que Trump propôs a deportação dos EUA de cerca de 800 mil filhos de imigrantes ilegais inclusos no programa DACA, que é uma ajuda governamental a imigrantes, que ingressaram no país quando crianças, que emite vistos renováveis de estadia e trabalho por dois anos.

Avanços: Manteve o controle da entrada de imigrantes; atuou na prevenção de situações como terrorismo, tráfico de órgãos, drogas e de pessoas; entre outros; nacionalismo.

Necessita de reavaliação: Planejar construir um muro na fronteira americana com o México como medida adicional de proteção e soberania; salvaguarda de fronteiras.

Meio-termo: Deportação de filhos de imigrantes ilegais beneficiados pelo programa DACA.

Economia

Com o slogan nacionalista “Make America Great Again”, Trump traz à tona o seu principal objetivo: melhorar a economia dos Estados Unidos. Sua primeira ação foi anunciar a saída do país do Tratado de Associação Transpacífico, que é um acordo de livre comércio entre 12 países (Japão, Vietnã, Cingapura, Brunei, Malásia, Nova Zelândia, Austrália, Canadá, EUA, México, Peru e Chile). Trump declarou que esse tratado afetaria os Estados Unidos de maneira negativa e apenas favoreceria a China política e economicamente.

Outro passo foi aumentar a produção americana firmando o seguinte acordo com as montadoras de automóveis: ele aumentaria os impostos de importação em 35% caso elas mantivessem a prática de fabricar veículos em países de baixo custo de mão-de-obra. Com incentivos fiscais, Trump conseguiu aumentar a produção no país, gerar empregos e proteger a indústria nacional.

Mais tarde, o presidente delineou o encerramento do programa Obama Care, responsável por planos de saúde destinados a famílias de baixa renda, financiados pelo governo. Trump afirmou que o melhor plano de saúde é ter um emprego. Mas não obteve apoio do congresso.

O presidente também suspendeu financiamentos do governo à ONGs estrangeiras que realizam abortos, e de uma grande porcentagem ao Paquistão, economizando assim mais de 225 milhões de dólares. No início do 2º trimestre de 2017, diminuiu a porcentagem de impostos regulamentares cobrados das empresas de 35% para 20%, fazendo com que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, crescesse em 3% no trimestre passado, segundo o Departamento de Comércio. Essa medida gerou mais empregos e circulação de dinheiro na economia.

Avanços: Defesa nacional; aumento da produção nos Estados Unidos; melhoria da economia em 3%; taxa de desemprego diminuiu em 4,0%; incentivo da produção nacional; suspensão de financiamentos a ONGs que realizam abortos e ao Paquistão, uma economia de mais de 220 milhões de dólares.

Necessita de reavaliação: Proposta de suspensão do  programa Obama Care; abreviação a permanência dos EUA no Tratado de livre-comércio do Transpacífico, diminuindo a circulação de produtos estrangeiros.

Relações Internacionais

Donald Trump realizou viagens para ampliar seus interesses. Primeiramente, ele encontrou-se com o presidente da China, e pediu apoio quanto ao tema da Coréia do Norte de Kim John Un, que ameaça os Estados Unidos com testes de mísseis e armas nucleares, podendo acarretar uma 3ª guerra mundial. A China poderia contribuir no diálogo com a Coréia do Norte, por ser a principal fonte de alimento, combustível e outros mantimentos do país norte coreano.

O presidente Trump também sugeriu a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que os países participantes aumentassem os gastos em defesa para 2% do PIB, em favor da luta contra terrorismo. Um posicionamento motivado pelo ataque terrorista ocorrido em Manchester que matou 22 pessoas durante um show da cantora Ariana Grande.

Outra decisão de Trump foi avaliar a manutenção do acordo com o Irã, assinado pelo ex-presidente Obama, que sancionaria o Irã caso o país usasse armas nucleares em seus conflitos. Segundo ele, esse foi o pior acordo já feito pelos EUA.

Donald também anunciou mudança na relação com Cuba. Ele revisou o acordo de Obama feito com o país e restringiu o turismo americano com destino à ilha, proibindo empresas norte americanas de realizarem acordos comerciais com empresas cubanas administradas pelas forças armadas da ilha. Trump deixou claro que só irá se reaproximar de Cuba depois do governo Castro dar liberdade aos cubanos, libertando os presos políticos e concedendo direito a eleições.

Avanços: Buscou parceria da China em relação aos testes militares da Coréia do Norte; sugeriu aos países da OTAN o aumento do investimento em defesa para controle do terrorismo.

Necessita de reavaliação: Vislumbrou desfazer acordo com o Irã.

Meio-termo:  Recomendou as empresas americanas a não manter relações comerciais com firmas ligadas as forças armadas de Cuba, bem como aconselhou ao povo americano a escolher outros destinos turísticos até que Cuba repense suas ações em relação a seu próprio povo.

Emissão de gases poluentes

Em relação à poluição, Trump anunciou a retirada dos EUA do Acordo de Paris. Trump afirmou que o motivo para o rompimento foi que esse plano geraria desempregos no país. A indústria de energia limpa empregou mais de 2 milhões de americanos no período de 2008 a 2015 segundo a Environmental Entrepeneurs (Associação de defensores da economia limpa).

Outro passo de Trump em relação ao aquecimento global foi acabar com o Plano Energia Limpa, assinado pelo ex-presidente Obama. Trump afirmou que se o acordo permanecesse, as fábricas de carvão iriam fechar e gerar desemprego para os mineradores.

Necessita reavaliar: Saída dos EUA do Acordo de Paris e do Plano de Energia Limpa.

Considerações Finais

O presidente Donald Trump cancelou ações que o ex-presidente Barack Obama realizou durante sua posse, e ao mesmo tempo, focou no crescimento dos Estados Unidos. Com Trump na presidência, a economia do país cresceu com os ajustes que ele implementou em seu primeiro ano. Donald Trump ainda tem três anos pela frente como presidente dos Estados Unidos da América do Norte.

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